Seleção Projeto Y de Riso, Sorriso e Saúde
Resultado Final
Boa noite! Aos que tanto esperaram, o Projeto Y de Riso, Sorriso e Saúde apresenta o resultado do seu processo seletivo de 2015! Antes de trazermos os nomes dos novos Yntegrantes, temos algumas palavrinhas pra vocês:
Quem sou eu? Quem somos nós pra dizer quem entra e quem não entra? Quem foram eles que disseram que eu poderia entrar? Como escolher? Porque pra ser Y é só querer, é atitude.. já diziam meus anfitriões há tempos. Então porquê não posso colocar mais 46 corações na salynha? Com que olhos posso enxergar o que me mostram, como se mostram? Eu vi, eu vi Y em cada um de vocês! Em cada entrevista, quando diziam que todos mereciam entrar, eu apenas concordava com o coração miúdo, ou melhor, concordo. Obrigada, obrigada pelo amor, por me permitirem conhecer um pouquim ou um cadim cada um de vocês, por me fazerem acreditar e me apaixonar ainda mais pelo ser humano. Vocês me trouxeram um pouco mais de vida, e é isso que eu espero que consigam trazer também ainda mais pro projeto. Encham-no de vida, de amor, de sorriso, de ideias. Façam dele sua casa, sua família, sua ilha de sobrevivência. Usem e se lambusem! Aproveitem! ❤️
Anna Silvia Façanha (Anninha, de preferência ;) )
Dra. Rysadinha
SOMBRA
Sabe aquela persistência de criança que
tenta pisar na própria sombra? Que corre, pula, pisa, pisa e nem chega perto? E
quem disse que ela quer mesmo alcançar? O grande jogo nisso tudo tá no tentar.
Eu quero agradecer a esses seres de
infância que tentam, e vivem essas tentativas como se já tivessem alcançado a
sombra. Hoje eu vi vário deles. Vestiam short, chinelo, blusa, camiseta, óculos
e persistência.
E como esse sábado foi bonito, intenso.
Foi de muito cansaço também, mas beleza sempre. E eu acho tão incrível a entrega
que acontece. Não falo só da entrega de tempo, falo mais daquela entrega que
vem com a fala de vocês, com o olhar, com o sorriso, que vem com a presença de vocês
ali com a gente, sendo tão sinceros. Tanto, que fica difícil depois eu me
colocar no papel daquele que escolhe, daquele que julga.
É tanto sentimento. A gente se envolve
todo. Se enxerga naquele outro que tá tentando fazer parte disso que a gente
faz. Lembra como é sentir essa vontade, esse ansiedade. De como se entortou
todo na dinâmica quando era você que tinha que atravessar o rio, de como ficava
apreensivo cada vez que ouvia as palmas daqueles que tavam lá dentro na
misteriosa entrevista, de como esperou muito tempo pra entrar e ficar todo
nervoso com tantos olhos.
Falo tudo isso pra todxs, que passaram,
que não passaram. O envolvimento acontece com todxs, e precede as horas do
momento que a gente tem pra escolher. A identificação e a relação independem
disso tudo, e acontecem de um jeito que até assusta às vezes, de tão forte que
vem.
Aos que não passaram, queria dizer que
imagino e entendo como é se sentir assim. Não falo que “sei o que é se sentir
assim”, porque só vocês, cada um de vocês sabe como é sentir o que tá sentindo.
Mas não quero que achem que a escolha é de uma esfera valorativa, de
melhor/pior, longe disso. Nossa salinha é grande em aconchego, mas tem um
limite chato de espaço. Não percam essa vontade de vocês, essa persistência.
Aos que passaram. To é ansioso pra ver
vocês sorrindo na nossa salinha! Ver vocês ali por perto, ensinando a gente e
aprendendo junto.
Ver
vocês pintando as paredes de azul-verde, que nem se pinta cabelo. Comendo
coxinha com a perna atrás da cabeça.
Espalhando
por todo canto mapa astral, filosofia e maciez. E ainda, sensibilidade, emoção
e uns sonhos gigantes, do tamanho de Minas.
Enchendo
tudo de água, fazendo-nos água. Sujando tudo de tinta, e se desconstruindo.
Construindo-se assim? Também.
Fazendo
careta, cantando, tocando, dançando ruivamente. Sendo mutável e querendo tá em
tudo ao mesmo tempo, fazer tudo que é possível fazer em vida. Sei bem como é
isso.
Ver
também vocês com timidez, reconhecendo o esforço que é se expor, falar, dançar.
Ouvir
cantos escolares bizarros de piguelim, piguelim, zam brebrê, balá! (não
consegui decorar uma palavra dessa música). Ver vocês falando bem, bonito, de
um jeito que hipnotiza, com segurança de si.
Ouvir
falas de uma língua presa e um coração liberto. Um sonhador, cheio de
conflitos, sensibilidades e dúvidas. Com asas de fogo. Voa!
Ver
vocês sorrindo grande um sorriso bonito, com uns óculos também grandes,
enquanto procuram um sapato de cristal. Ixi! Procurando o que mesmo? P. Sherman 42 Wallaby Way, Sydney...
Dançando
ballet clássico, jazz, maracatu, dança contemporânea. Tudo junto! Lidando com
situações inesperadas, com crianças diferentes, e se safando dessa.
Venham!
Ocupem aqui essa salinha gigante! Como muitos falaram, venham pra essa “ilha”,
construir junto com a gente um continente inteiro, um mundo. A gente vai
dominar é o universo com esses narizes!
Antes de terminar, lembrei de um poema,
vou por ele aqui. É da Marianne Williamson.
“Nosso temor mais profundo não é que sejamos inadequados. Nosso temor mais
profundo é que somos excessivamente poderosos. É nossa luz, e não nossa
escuridão, que nos atemoriza. Perguntamo-nos: quem eu sou para ser brilhante,
magnífico, talentoso e fabuloso? Na realidade, quem é para não sê-lo?
Subvalorizar-se não ajuda o mundo. Não há nada de instrutivo em acovardar-se
para que outras pessoas não se sintam inseguras perto de você. Esta grandeza de
espírito não se encontra só em alguns de nós; está em todos. E ao permitir que
nossa própria luz brilhe, de forma tácita, estamos dando às demais permissão
para fazer o mesmo. Ao nos libertarmos de nosso próprio medo, automaticamente,
nossa presença liberta outros”.
Por isso, sejam brilhantes, sejam
poderosos.
“Tem gente que é Sol e nem sabe”. (frase de
uma amiga Amanda. Tem tanta Amanda no mundo né?).
Chêro
grande!
Beto, Dr. Chico
Tetéu.
Todos os dias, tantos rostos, tantos olhos, tantos braços, tanta gente. Gente que passa e não vê e não sente. Essa gente é mesmo gente? Às vezes me assusta esse jeito de ser humano.
Olhei para 46 olhos. Sim, olhei. Eu estava lá, lembra? Eu sempre estive, eu sempre quis estar. Eu olhei para vocês. Eu olho para vocês todos os dias quando entro numa salynha miúda no primeiro andar do NESC. Eu olho pra vocês quando vejo um nariz vermelho. Eu olho pra vocês quando vejo gente.
E vocês me viram, sim! Lembra da ansiedade? Lembra da mão tremendo? Lembra do suor frio? Lembra da inquietação? Sim, eu estava lá. Sim, vocês me viram. Eu sempre estive com vocês. Eu sempre vou estar com vocês, os que estarão em breve na salynha ou não. Para todo mundo, um até logo. Quero muito conhecê-los, olhá-los, amá-los. Todos. Entrem, fiquem a vontade, entrem sem medo, se mostrem. Quero viver minha humanidade, com erros e acertos, com vocês. Todos.
Olhei para 46 olhos. Sim, olhei. Eu estava lá, lembra? Eu sempre estive, eu sempre quis estar. Eu olhei para vocês. Eu olho para vocês todos os dias quando entro numa salynha miúda no primeiro andar do NESC. Eu olho pra vocês quando vejo um nariz vermelho. Eu olho pra vocês quando vejo gente.
E vocês me viram, sim! Lembra da ansiedade? Lembra da mão tremendo? Lembra do suor frio? Lembra da inquietação? Sim, eu estava lá. Sim, vocês me viram. Eu sempre estive com vocês. Eu sempre vou estar com vocês, os que estarão em breve na salynha ou não. Para todo mundo, um até logo. Quero muito conhecê-los, olhá-los, amá-los. Todos. Entrem, fiquem a vontade, entrem sem medo, se mostrem. Quero viver minha humanidade, com erros e acertos, com vocês. Todos.
Bárbara Caúla Sampaio
Babi ❤️
Se você for procurar no dicionário a palavra “intenso”, talvez – sim, talvez, muitos dicionários optaram pela objetividade e simplicidade dos dias atuais – você ache que um de seus sinônimos é “Seleção do Y”. E essa então - não sei se pelo fato que mercúrio estava em ascendente na lua e em conjuntura com o sol - foi demais.
Foram quase 24 horas.
Vinteequatrohorasintensasecorr idas de atravessar rios em apertados abraços, de se (re)conhecer o outro, de discussão, de decisão. Não foi fácil (Nobody said it was easy, it is such a sh…).
E gente de todo tipo junta. De gente água fluida que penetra e integra até gente fogo que acalma e aquece, passando por gente que vive no mundo da lua, gente dje boa na lagoa, gente confiante e decidida que nem martelo de juiz. Era quase impossível não se reconhecer no meio de tantas vontades, de não se apaixonar pelas palavras, pelos olhares e pelos desejos. Desejos tão macios, calorosos de humanizar, de querer trocar, de fazer parte desse projeto que quebra o quadrado do hospital e constrói uma visão humana. Visão essa já tão integrada nos olhos que vimos que, se for parar pra pensar, ela já era pra ter vindo de fábrica em todo mundo. Afinal, humanização é de humano, pra que insistir em falar nela¿
Obrigado por deixarem termos acesso a desejos tão arrebatadores. Alguns tímidos, trêmulos, mas igualmente fortes. A vontade era de botar todo mundo pra dentro, mas salinha, pelo nome, é pequena e já tem calor humano sobrando.
Aos que não passaram, continuem carregando a humanYzação e, se der, confiança pra tentar de novo e de novo. Desculpa se não conseguimos captar tudo o que queriam passar
Aos selecionados, apropriem-se disso tudo e não usem com moderação. Só cuidado que a paixão é instantânea e duradoura.
“Sombra,
silêncio ou espuma. Nuvem azul que arrefece. Simples e suave coisa, suave coisa
nenhuma, que, em mim, amadurece.”
Entrei para o projeto Y há aproximadamente ½ década. Lembro bem de como
foi sofrido respirar tantos sentimentos por trás de meus olhos entregues de
bandeja a tanta gente que eu achava ser desconhecida. Não pude conter as
lágrimas quando cheguei em casa: o Y tem dessas coisas. Lembro bem da minha
primeira visita, como a noção do finito dilacerou meu coração e como eu chorei
quando cheguei em casa. O Y tem dessas coisas. Lembro bem da primeira geração que ajudei a
selecionar; a noção de minha humanidade no que há de mais luminoso e sombrio ao
final do processo me fez soluçar quando cheguei em casa: o Y tem dessas coisas.
Lembro-me das seleções que se sucederam 2ª, 3ª, 4ª, 5ª geração, os pinguelins.
Como é impossível haver justiça quando se tenta mensurar palavras, olhares, gestos,
um dia, uma vida... não podemos, não dá!
E eu te suplico a não entender este resultado como um não! Como não pude conter
as lágrimas com toda essa angustia; ainda choro, soluço em casa: o Y tem dessas
coisas. Tem dessas coisas de levar a gente, sabe? Levar a gente pra um lugar
onde a gente se sente, assim, demasiadamente humano. O Y é a própria ponte para
a casa, é nossa própria morada, o nosso lar: o lugar onde a gente pode ser a
gente. O Y, esta letrinha com um mundo de significados, é o lugar onde a gente
soma os nossos timbres, unidos num só coro, e dizemos: não sei qual a sua crença,
qual a tua história, não sei se há saúde, se há doença, não sei o que teus
olhos viram, o que eles ainda te fazem ver, mas estou aqui para você, com toda
minha humanidade transformada no que me é mais caliginoso, se assim for preciso.
Quando eu te vejo desejoso por ver o fluxo da vida em meus olhos, em teus
olhos, em seus olhos, eu te sinto gente e te sentir me faz sentir abraçada,
ancorada. È por esse abraço, que ergo forças pra continuar. Vem, não para,
atravessa. Tira teus sapatos azuis, sente a brasa. Vamos colorir de azul nossos cabelos, as ruas, a nossa alma.
“Teus
olhos são meus livros. Que livro há aí melhor, em que melhor se leia a página
do amor?”
Lise – Enfermagem;
Drª Barbosão
Achei que fosse ser
mais fácil dessa vez, pois pensei que, depois de passar pela minha seleção e de
já ter estado antes na posição de selecionadora, seria mais fácil olhar e
encontrar nos outros o que eu considero melhor pro Projeto que eu tanto amo.
Mas a realidade é
que não existe uma fórmula pra encontrar o novato perfeito, existe, sim, um
bocadinho de momentos reunidos, escutar uma palavra doce e amarga na medida certa,
um sorriso sem motivo nenhum, uma tangerina dividida, conseguir sentir o
coração do outro batendo no seu próprio peito.
Encantei-me com
algumas palavras, ao mesmo tempo em que temi julgar de maneira errada uma
palavra solta ao vento.
Agradeço toda a
sinceridade e confiança dos candidatos, cada suor, lágrima e sorriso
compartilhado estão guardados comigo, agradeço também a paciência durante esse
processo seletivo que demandou entrega, comprometimento e vulnerabilidade.
Aos aprovados,
saibam a imensa confiança que tenho em vocês, em cada bolhinha de sabão vocês
vão encontrar novos sonhos, em cada esponja cheia de pancake uma nova
personalidade escondida, em cada piada algo pesado de lidar sobre si mesmo e
sobre o mundo.
Desejo dia bons,
dias que o moço da calçada jogue bombons de menta, dias em que as crianças
toparam os jogos e dias em que você saia feliz da visita. Desejo dias ruins
também, porque nem só de luz se faz o dia, muito menos o palhaço.
Que possamos ser
palhaços e que em um tropeço consigamos quebrar o concreto que abraça a
enfermaria do HU, que nos esqueçamos de buscar o riso quando apenas de nariz
vermelho, que cada um de nós, seja como estudante, como filha, como irmão, como
profissional de saúde, como desconhecido no meio da rua, possa levar isso para
além dos blocos de concreto que nos cercam.
Meus mais sinceros
parabéns!Mal posso esperar para vê-los apertados em cima das pelúcias, relatando
como Anderson Silva sorriu,como tal criança puxou seu chapéu ao te fazer de
cavalinho, levando puxão de orelha por não ter feito a limpeza da salynha e
recebendo um “de bom tom” da presidente.
Que possamos pintar
a pele de calor e, juntos, pintar a Saúde de amor.
“Viver por um mundo onde criança pode
ser criança
E que eu faça sorrir quem antes chorava sua dor
Não é ignorar a ferida, mas dar esperança
É ajudar o outro a, no escuro, enxergar o amor.”
E que eu faça sorrir quem antes chorava sua dor
Não é ignorar a ferida, mas dar esperança
É ajudar o outro a, no escuro, enxergar o amor.”
Mariana Costa Biermann.
Dra. KAKAU.
Começo a escrever esta carta ainda com o rosto sujo de
tinta, pancake borrado; é fim de visyta, testa suada e coração choroso. Não
importa o que digam, o quanto tentem aliviar minha barra, carregarei comigo
sempre esta culpa. Declaro-me culpado por amar demais esta casa de uma letra
só.
É desse demasYado que venho aqui falar... porque não sei se
vocês perceberam, mas vocês ousaram adentrar um território de excessos. Ser
Ipsilon é viver um ofegante frenesi de excessividade. É sentir demais, é ser
demais, é estar demais. Pular, correr, rastejar, suar, feder, se sujar demais.
Gritar, espernear, brigar, acariciar, lamber, cuspir, beijar, abraçar, amar...
é am(a/o)r demais.
Desculpem pelo tom nostálgico, é que o sucesso dos aprovados
anuncia a iminência da minha partida.
Sou culpado então pela entrada de nove novos, de nove
Pinguelins, nove corpos excessivos e extravagantes. Pinguelins são ricos em
cores, de jubas floridas e corações explosivos. Há deles que bradam seus
anseios, são ouvidos e vistos há quilômetros (!); há deles que gritam com os olhos,
nos afogam no silêncio de uma falta de voz e abraçam com um certo calor dentro
de si. Há deles que não tem braços, não tem pernas, nem cabeça eles não tem! São
como uma massa de afetos. Movem-se como água viva, ardem como chama, pairam na
brisa e descansam enfim em terra firme. Pinguelins são otimistas e pessimistas,
são calados e tagarelas, são apaixonantes e apaixonados. Mais uma vez venho
aqui assumir minha culpa. Sou culpado por amar vocês em excesso, Pinguelins.
Um brinde aos excessivos e desajeitados, pois deles é o
reino da originalidade!
Que o espírito ipsiloniano se faça vivo em todos <3 evo="" p="">3>
Chegou o dia! Sábado! Passei a
semana toda esperando, ansioso, por esse dia. Desde que havia saído o resultado
da primeira fase, meu coração apertava de tanta espera pelo dia. Estar
participando da minha primeira seleção, só que do outro lado, deixava-me tão
ansioso (creio eu) quanto estava na minha seleção mesmo. Então, chegou, chegou
de uma vez.
Caio Mayrink, Dr.
Príncipe :o)
O dia foi cheio de coisa: de
jacaré, de rio, de salto, de grupo, de amor, de carinho, de contato, de
desconhecido, de conhecido, de pipoca, de xilito, de pirulito, de jogo, de ser.
Teve também gente imitando Titanic, teve gente fazendo pout-porri de um monte
de estilo musical, teve gente imitando a Buffy, teve gente comendo coxinha
fazendo balé, teve gente imitando o Smeagol (mais de uma vez haha).Teve gente
falando de si, do outro, teve gente mostrando tudo que tinha pra mostrar, se
expondo das mais diversas formas, com choro, com riso, ou seja, lá como. Teve
GENTE!
E eu agradeço muito por esse dia,
por vocês terem tido coragem de mostrar tanta coisa sobre vocês. Realmente,
obrigado a todos vocês. O processo seletivo não foi algo fácil, na verdade, foi
bem complicado. É difícil ter que escolher as pessoas por textos, fotos,
entrevistas, dinâmicas. É algo muito subjetivo e doloroso. Eu queria, realmente, abraçar todos na
salynha, porém por conta do espaço (17m², sim, ela mede apenas isso) e por
questões que, às vezes, nem o universo explica, a gente não pode colocar todos
aqui. Aos que não foram aprovados, não desanimem, tentem outra vez e levem o
ideal do Y para a vida de vocês.
Aos aprovados, esperamos (o nariz :O),o
projeto, os outros, o eu, o Y) vocês na salynha, de braços abertos e coração
mais aberto ainda. VENHAM, VENHAM, juntem-se a nós! Venham participar desse
universo que é ser Y. :O)
Frio na barriga é (o
melhor) efeito colateral!
Não tem
como definir qual é o sentimento ou sensação que uma seleção envolve. O que
mais se aproxima da real sensação é a expressão “frio na barriga”. E talvez nem
seja. Mas desculpem, é o mais próximo que eu consigo chegar. Ver vocês alí,
sentados na minha frente, é como ver uma tela colorida passando o filme da
minha seleção quinze vezes. É sentir o mesmo frio na barriga quinze vezes.
Lembrei-me das perguntas que me
fizeram. De como as palmas eram sinal de alívio pra quem já estava dentro da
sala. E de como eram agoniantes pra quem estava fora. Fui um dos últimos. Isso
contribuiu significantemente para o frio na barriga aumentar. Eu sei pelo que
vocês passaram, e sei da ansiedade por conta do resultado que demorar a sair. E
como eu sei! Eu só não sabia que, depois de entrar, essa sensação maluca e
pobremente definida ia se perpetuar. E continua toda vida que eu coloco o
macacão e a gravata amarela. “Que crianças nós vamos encontrar hoje? E quem vai
estar na recepção? Será que vai ter muita gente?” me pergunta o Dr. Marmota,
antes que eu seja o nariz. Isso mesmo: ser. O palhaço existe! Seu coração
pulsa,ele respira,ele te revira por dentro. Esse é mais um dos frios que eu
sinto por dentro.
Eram muitos. Decidimos por
quinze. E desses, sairiam os escolhidos. Desculpem. Nós somos gente,
selecionando gente. Seres fadados ao erro buscando a perfeição. É que, na
verdade, um dia enxergaram em nós um Y escondido que se manifestou nos nossos
olhos e que alguém conseguiu perceber. Era esse Y que eu queria encontrar. Esses
cinco Y. Queria vê-los brilhando em vocês. Ver brilhar o amor pelo projeto,
pelo que se faz aqui, pelas crianças, pelos pais, pelas enfermeiras, pelos
médicos... Mas são quinze histórias
diferentes na minha frente. São diferentes formas de pensar, de ver o mundo, de
agir diante do nervosismo. Acho que não fui calibrado o suficiente pra enxergar
esses Y logo de cara. O resultado disso foi: Frio. Na. Barriga.
Meninos e meninas, eu tenho
apenas cinco narizes nas mãos. Mas, levei comigo mais alguns nos bolsos, caso
precisasse. Precisei. Encantei-me com vocês, e com tudo que vocês me fizeram
sentir. Sou extremamente grato por isso. Inclusive com quem não pode ser
selecionado. Vi quinze corações se abrirem de bom grado a desconhecidos, sem
receio de julgamento. Agradeço pela confiança. Mas selecionamos aqueles que
julgamos ver brilhar o Y, ou que esse Y esteja prestes a brilhar, faltando
apenas um pouco mais de tempo. Ou um pouco mais de maquiagem.
Bem vindos! Vocês e seus cabelos
pretos, ruivos e azuis. Seus Zum Zaravalhos e seus Maracatus. Vocês e suas
crostas, seus sorrisos envolventes e seus mapas astrais. Usando a camisa 8 ou a
10, não importa! A salynha está a espera de vocês. E dentro de vocês, os
palhaços de vocês estão ansiosos para serem descobertos. Geração Pinguelim, o Y
escolheu vocês. Que vocês sejam afetados pelo melhor frio na barriga da vida de
vocês. <3 p="">3>
E essa noite eu sonhei. O
sonho era de uma magia colorida onde bons fluidos emanavam de quinze lugares
diferentes. Era uma energia que trazia esperança e fazia meu coração bater mais
forte através de um mecanismo que nenhum tratado de fisiologia poderia explicar.
E eu me sentia bem, me sentia leve e tranquilo. E enquanto caminhava por esse
lugar maravilhoso, vibrei em ressonância com cada um dos quinze pontos cardeais
que orientavam meu espaço-tempo naquele sonho. Um de cada vez, tentando me
banhar no bálsamo reconfortante e único daquelas ondas de positividade.
Foi nesse momento que
brequei subitamente. Meu corpo se inclinou para trás tentando manter o equilíbrio.
Na minha frente, um enorme rio serpenteava de forma
assustadora enquanto olhos vermelhos de jacarés ameaçavam quem ousasse invadir
seu território. Só havia um caminho a seguir, e parecia impossível: algumas
pequenas pedras que levavam ao outro lado. Mas como? Enxerguei uma luz dourada
que vinha convidativa na outra margem. Tinha que atravessar. Será que consigo?
Meteoros encheram o céu e caíram no rio, dificultando o difícil.
Impossibilitando o impossível. Impossível? Um nervosismo me invadiu como um
ladrão que surpreende, roubando minhas forças e deixando apenas medo. E se não
conseguir? Será que o sonho acaba mesmo? E em meio a esses sentimentos
desagradáveis, lembrei-me de algo importante. Lembrei-me do que tinha me
trazido àquele sonho magnífico. De todas aquelas boas energias que ainda
estavam ali, bastava olhar na sua direção. E com um sorriso no rosto fui me
apropriando de cada uma delas, somando e multiplicando-me. Fui ficando mais
leve, meus pés não sentiam o mesmo peso de antes e, aos poucos, fui sublimando.
Passei voando por cima daquele rio, os meteoros eram flocos de neve acariciando
meu rosto com suas mãos geladas. Segui em direção à luz que me chamava e me
surpreendi com o que encontrei do outro lado.
Vi uma caixa pequena e
colorida. A dona daquela luz intensa que meus olhos perseguiam, aquela mesma
luz que me guiou até a outra margem. E de repente, vi um mundo novo sair lá de dentro.
Vi jogadores de futebol americano transformando-se em obras de arte, vi
lutadores de Kung-Fu se passando por Jack e Rose no balançar do Titanic, vi um
casal concentrado na arte da Yoga e presenciei até um homem em trabalho de
parto! Como aquela caixa mágica me encantava! Queria ver mais. Queria levá-la
no bolso e abrir onde eu quisesse. Na hora que eu quisesse. Será que eu podia?
E quando estendi minha mão para tocá-la, ela se fechou subitamente. Era um
sinal? Sentia que meu tempo estava esgotando. Tinha que aproveitar o que restava
naquele sonho maravilhoso.
Tomei uma decisão rápida
como um instinto de sobrevivência: Encontrar a origem daquela magia que me
nutria. Sentia uma necessidade desesperadora de presenciar a fábrica de
sensações indescritíveis de onde brotavam as energias que eu captava naquele
momento. E então, agucei os sentidos e viajei. Visitei campos floridos e
regados com muito amor, passei voando por belos mares azuis onde a claridade estimulava
cada célula da minha retina e desbravei cavernas profundas onde se escondiam
enormes diamantes. Também penetrei nas profundezas de oceanos, acompanhando o
fluxo intenso das correntes ao lado de belos peixes multicoloridos. Tive o
prazer de ouvir orquestras que transitavam entre sinfonias diferentes ao
estalar dos dedos. Voei ao lado de pássaros em liberdade e ainda sai de órbita
para desfrutar da encantadora beleza das estrelas na constelação de gêmeos. Meu
coração transbordava de alegria a cada visita.
E mesmo diante das impressionantes
diferenças das paisagens onde visitei, encontrei em todas elas as fontes daquela
energia incessante que meus poros absorviam alegremente. Brotando nas pétalas
de uma das flores, escondida entre os corais do mar profundo, esperando
tranquilo na cratera de uma das estrelas, preso na alma de um violino... Todos
protegidos e aquecidos com o carinho de uma mãe que cuida de seus preciosos
filhotes. Não era difícil encontrar. As batidas do meu coração guiavam os meus
sentidos como o bipe de um sensor de precisão. E então, fui colhendo
sorrateiramente uma a uma, como fazem os mineradores ao se depararem com uma
linda pedra preciosa.
Sentia que aquela longa
jornada valeu a pena. Conheci mais de mim, conheci mais do mundo mágico que me
cerca. Refleti sobre a grandiosidade daqueles objetos que havia colhido com a
ajuda do meu coração e o quanto suas profundidades me afetavam. Àquela altura
minha mente já rodopiava com todos os sentimentos emanados daqueles objetos
vibrantes e inquietos. Elas abarrotavam meus bolsos. Sentia o calor e a energia
de cada uma delas. Foi quando vi um sacolynha
laranja no chão e, ao lado, um pequeno bilhete: "Aqui poderá colocar o
quanto o meu tamanho suportar".
Nesse momento meu coração apertou. Quem
poderia ser tão cruel? Como eu poderia deixar de lado aquilo que me fazia vivo,
que me mantinha naquele lugar tão maravilhoso? Se isso me faz tão bem, porque
me tirar assim, sem nenhuma explicação? E se eu deixar de levar algo essencial?
Como saberei? E, afinal, quem foi essa pessoa que me delegou esse poder? Não
quero carregar esse peso sob minhas costas!Não havia outra opção, o bilhete
havia sido claro, não poderia levar todos comigo...
Então, com uma sensação de
abandono que não cabia em mim e sob um sentimento de medo que pairava ao redor
das minhas decisões, fui enchendo aquela sacolynha laranja. Um a um, fui
tirando os narizes vermelhos que davam volume ao meu bolso. Rolava cada um
entre os meus dedos e sentia os seus mais variados formatos, cada um emitindo
uma luz diferente ao toque da minha mão. Sentia que cada naryz que eu
depositava naquela sacolynha faria meu sonho manter-se vivo e ardente como deve
ser. E bem antes do que eu imaginava, a sacolynha se encheu. Era a hora de
partir.
A viagem de volta foi dolorosa.
Lágrimas escorreram pelo meu rosto enquanto recolocava carinhosamente cada
naryz vermelho no seu ninho de magia e amor. Tenho a esperança de encontra-los
novamente. Mas apesar de toda a dor, algo dentro de mim é conforto. Talvez não
possa mais visitar os ambientes maravilhosos que presenciei, mas seguirei
tranquilo ao saber que em algum lugar, mesmo no mais secreto e profundo recanto
dessa paisagem, existirá um naryz vermelho e vibrante que emanará suas
maravilhosas energias para o universo.
Renan Abreu – Dr. Pyruquinha
Aos participantes
desta seleção...
O meu muito obrigada! Pela confiança, empenho, risadas,
choros, estresses, horas sem dormir...Momentos!!!Momentos que são únicos em cada
seleção, mas que se repetem a cada ano ao despertarmos para a responsabilidade
que temos em mãos. Temos sonhos em nossas
mãos, temos vidas descritas em papéis...Quem somos nós para julgar mesmo?!E
quem disse que julgamos alguma coisa?! A cada leitura, uma descoberta, não só
do outro, mas Nossa. A cada foto, uma vontade: “quero
conhecer”. Despertarmos em vocês um turbilhão de emoções quando propomos
o encontro com o Outro. Saibam que despertaram
em nós um misto de alegria, satisfação e tristeza, sim...Ficamos tristes, por
não podermos abraçar o sonho de cada um!!!
Aos que,
infelizmente, não foram aprovados...
“SOMOS QUEM
PODEMOS SER (E QUEREMOS), SONHOS QUE PODEMOS TER...”
Não é o fim, é apenas o começo do seu sonho e a continuidade do nosso!
Continuem acreditando em vocês, nessa
‘sementinha do SER humano’, no outro!
Aos aprovados...
Vêm que vêm, que
vêm com tudo!!!
Palavras de ordem: Entreguem-se,
valorizem, chorem, doem-se, participem, briguem, responsabilizem-se, sorriam,
alegrem-se, entristeçam-se...VIVAM cada
segundo, minuto, mês, ano! Permitam-se ser penetrados por sentimentos
contraditórios e, ao mesmo tempo, existentes na mesma hora! Apenas SEJAM vocês mesmos!!!
Sejam Bem-vindos!!!
Angélica Menezes
Dra.
MelekYnha=X;oD
É como escolher alguém para deixar entrar no seu coraçãosabe?..talvezSÓpequeno para quem
olha de fora ainda e vê apenas paredes laranjas em 17m², SÓfácil de entender
pra quem enxerga nele apenas um grupo de pessoas, acreditando que elas sejam e
pensem iguais sendo todas só “artísticas”, só “profundas”, SÓ bonito, SÓ alegre
por ter sorriso no nome e nariz vermelho no rosto. Acontece que o meu coração, ou o Y, não é só. E ao mesmo tempo, ele
não precisa ser muito mais em palavras para simplesmente ser o que é, ou o que
sentimos. Ser a simplicidade do riso em dias ruins ao estourar de uma bolha de
sabão na ponta do nariz na hora do almoço, ser a pureza do medo de
caminharcheio de cores e nariz redondo por ai sem seu nome, ser a inocência do
brilho do olho na mistura de sensações de uma lagrima e uma gargalhada, ser o
afago de um abraçoque recebo toda semana quando escuto “obrigado por ter
vindo”, ser a alegria sem saber o porquê, ser a leveza que tantos procuram e eu
encontro num colchão no chão em meio a braços e pernas colados e apertados em
carinho e almofadas.Ser Y.
Tinha que ser coração mesmo para ter
o poder de abrir tantos outros coraçõesdesconhecidos, tantas histórias e sonhos. Para misturar tantos
sentimentos em todos (inclusive o misto que ainda acontece em mim), e tanta
vontade de que ele não pare de bater cheio de encanto e no ritmo de cada
detalhe (cada um de nós e vocês) de que ele é feito e que venho descobrindo.
Esse coração não precisa de tanto,
não tanto do mais elaborado e intenso que se possa pensar demais, mas ele
precisa do que aprendo aqui dentro dele nessa tentativa de ser Y, precisa do
amor, só por ser amor, que vem sincero, de graça, do nada, e com tudo.Tudo que
vocês vão conhecer agora, e sentir, e em meio a dúvidas de muitos e euforia de
outros,espero, que como eu, se encantar, a ponto de ser difícil dizer sim e não
numa madrugada de discussão, querer brigar por dentro, ter medo de não dácerto
cada escolha, de querer cuidar e não deixar mudara beleza desse coração cheio
da delicadeza do simples e que significa tanto.A gente não pode deixar.
Por isso, meu desejo de que tragam esse amor, ou construam ele aqui, que
o coração logo bata em vocês, e que o ser Y,os toque, pra que a vontade de
viajar nesse mundo só aumente, a sinceridade do sorriso não saia, o nariz
vermelho não caia e não tenha só em comum a cor com o coração.
com o meu coração, dou boas vindas e conto com vocês,
Amanda
(Dra. SemNome /AprocuraDeUmNome/Adivinha/TenhoCaraDeQue)
(Dra. SemNome /AprocuraDeUmNome/Adivinha/TenhoCaraDeQue)
Ei, espera um pouquinho, leia aqui antes! \o/
Eu sei que é querer muito de alguém que passou mais de um mês esperando por um sim. Foi muito tempo. Ainda assim digo que o tempo é relativo, tão relativo quanto escolher quem dos quinze estariam agora mais preparados para se juntar a nós, tão relativo quanto dizer o tamanho real da nossa tão almejada salinha que, apesar de ser feita de concreto tão métrico, ela tem um universo guardado ali. É, é mania de palhaço sair desconstruindo tudo, vai se acostumando! Desconstrói desde olhares dispersos até um mundo inteiro que habita um ser humano. O resultado de alguma maneira vai desconstruir algo no seu coração hoje mas, de antemão, te digo: nada desconstrói o fato de que cada um de vocês ter um infinito único e especial dentro de si, naquele sábado eu pude ver isso. Aquele sábado que teve gostinho de primeiro dia de aula na escola, de primeiro encontro, de “chegou o dia da viagem”, de aniversário, de ano novo e de todos aqueles momentos que você fica com o coração piruetando dentro do peito por querer conhecer o novo carregado de esperanças. Olha que ele piruetou mesmo, de alegria e de angústias, porque infelizmente a parte concreta, tão métrica, de nossa salinha não permite que todos entrem nela de uma vez. A todos, parabéns pela coragem de emprestar o coração de vocês para nós durante a seleção. E, aos que estarão com o nome lá embaixo: espero que não só emprestem mas doem o coração de vocês por inteiro ao Y agora. Meu cheiros, abraços e ouvidos para você!
Prazer, sou a Felícya! Ou Letícia ou Priscila...
Ansiedade. Acreditem ou não, não consegui dormir na noite anterior à seleção, e aí me perguntam: "Mas porque, Bauru? Tu já tá dentro, não tem que ficar ansiosa/nervosa!" Mas eu tava, tava com medo de não conseguir captar o que alguém quis dizer, com medo de ser injusta com alguém, com medo de não conseguir ver o Y dentro de vocês, por que é muito, muito, MUITO difícil encontrar palavras pra descrever pra um monte de gente desconhecida, o quanto você queria aquilo, e eu sei disso. Como sei. Até hoje ainda é muito difícil pra mim conseguir me expressar em palavras, dizer o que eu sinto, o que esse projeto, esse ideal, a palhaçoterapia, as pessoas, o brilho no olho de uma criança (ou de um velhinho, ou de um jovem, ou de qualquer pessoa), essa "coisa", ISSO (que eu não sei expressar numa palavra só) significa pra mim! Mas eu me vi em vocês, me vi no choro que não se conteve de emoção, me vi no sorriso bobo e meio criança, me vi no nervosismo e na ansiedade por uma coisa que fará parte da vida de vocês, e vi vocês, e vi o Y! E em meio a 15 pessoas, escolher apenas algumas pra compartilhar conosco o que é a salynha, o que são as visytas, o que é o Y, não é fácil. Queria compartilhar com todos, queria que todos compartilhassem comigo desse sentimento. E aí depois de MUITAS horas de seleção (muitas mesmo!), um rio com jacarés, delírios de partos, cenas de titanic, danças, palmas, muitas palmas..., saem os nomes dos novos ypsilonianos!
Aos que não passaram, não desistam desse ideal, dessa "coisa" ai dentro que eu sei que vocês sentem e querem passar pra frente! Aos que passaram, cheguem mais! A salynha tá esperando por vocês, e nós também! (ansiosamente, como talvez tenha dado pra perceber que eu sou um pouco)
Aos que não passaram, não desistam desse ideal, dessa "coisa" ai dentro que eu sei que vocês sentem e querem passar pra frente! Aos que passaram, cheguem mais! A salynha tá esperando por vocês, e nós também! (ansiosamente, como talvez tenha dado pra perceber que eu sou um pouco)
Lais Reis ou Dra. Bauru ou só Bauru mesmo :p
É muito engraçado,
tudo isso, sabe? Mal faz um ano e era eu aí desse lado, passando meus olhos
ansiosos e cheios de medo rapidamente por todas essas milhões de palavras
escritas nesse fundo azul cheio de nuvens. Mal faz um ano e era eu entrando
numa sala apertada por um monte de gente que não conhecia e rasgando todas as
distâncias entre nós por meio de um discurso onde me colocava inteiro, exposto,
nu. Faz pouco menos de um ano e, hoje, são vocês quem me mostram seus corações,
desejos, medos, angustias e todos os seus sorrisos e olhos brilhando. Ah! Esses
olhos! Ah! Esses sorrisos!
Hoje, eu sou um
dos estranhos com papel e caneta na mão me apertando entre outros monte de
olhos, ouvidos, papeis e canetas que vocês não conhecem. Todos apertados, e se
espremendo pra aproveitar cada segundo do brilho de vocês, do desejo de vocês,
dos sonhos de vocês. Todos espremidos pra não perder sequer um segundo do
pouquíssimo tempo que tínhamos com cada um. E foi um longo sábado. Mas ainda
assim acabou e eu queria estar mais tempo com cada um. Talvez seja por ter
estado do lado em que vocês estão faz pouco tempo, talvez seja por já sentir
que vocês são corações conhecidos que eu quero acalmar e transmitir sentimentos
bons –como aqueles que vocês me proporcionaram, quando permitiram que eu
invadisse vocês. O fato é que eu quase desejei estar lá fora junto com vocês,
esperando o começo das entrevistas. Eu quase quis juntar-me a vocês naquele
abraço coletivo que equilibrava-os e permitia atravessar um impossível rio de
poucos metros de largura. E, acreditem, eu sofri junto com vocês. Sofri toda
essa espera, toda a ansiedade e todo o medo. Mas também sorri junto com vocês a
cada sorriso, sonhei junto com vocês a cada novo sonho e vivi junto com vocês
um sábado que, ainda que curto, foi eterno.
Eu poderia
escrever a noite toda sobre tudo o que vocês causaram em mim. Poderia escrever
sobre a voz trêmula na minha garganta quando falava sobre vocês, durante uma
madrugada longa e intensa. Podia falar pra vocês sobre como eu estou ansioso
para ver vocês na salynha comigo, muito em breve ou sobre como o meu coração se
parte e sobre como me dói muito não poder acolher mais de vocês, não poder
(AINDA) viver o Y ao lado de vocês. Mas seria vão e eu não quero ser tiozão que
escreve um texto infinito quando vocês já esperaram tanto e estão lendo todas
essas linhas frenéticamente, quase não entendendo o sentido de cada sentença,
ansiosos pela parte em que chegam os nomes.
Escrevo então em
letras negras sobre o sentimento que move meus dedos por essas teclas e que me
movimentam até vocês, e sobre os dois pedidos que se colocam aqui, quase em
forma de oração:
Obrigado por sonhar esse sonho junto com a
gente. Por colocarem-se aos nossos olhos como se colocaram. Por se expuserem
como o fizeram. E por saírem total da zona de conforto de vocês para arriscar
viver a experiência de humanização que a gente propõe. Eu sei que pode ser
desconfortável. Eu ainda lembro sobre o quanto pode doer. Então obrigado por
isso. Obrigado por cada sorriso, por cada resposta, por cada improviso e por
cada vez que vocês me lembraram, durante aquele sábado eterno, o quanto o nosso
sonho é importante. Obrigado por dividir os sonhos de vocês comigo e por deixar
que eu viva eles com vocês.
Não desistam nunca de viver a
humanização, viver a saúde, viver o outro e de viver da forma como vocês acham
que devem viver. Não desistam nunca de viver o Y que tem dentro de cada um de
vocês e que queima tão forte. Não desistam nunca dessa coisa louca que a gente
mal sabe o que é e que faz nossos olhos se encherem de lagrimas, faz nossas
mãos balançarem sem sentido no ar, e faz a gente dançar, abraçar um estranho,
atravessar rios intransponíveis, rir da derrota ou fazer uma posição de Yoga
contando histórias sobre girafas para plantinhas em um espaço grande o bastante
para ser ocupado por uma cadeira daquelas de creche! Durante esse sábado vocês
me mostraram desejos ardentes e corações apaixonados. E eu rogo para que cada
um de vocês, e falo sobre os que tem o seu nome aqui em baixo e sobre os que
infelizmente ainda não tem,rogo pra que cada um de vocês lote contra toda essa vida insana e corrida para que seus corrações e desejos nunca se apaguem ou sejam engolidos. Para que eu e as pessoas ao redor possam sempre olhar para vocês e serem aquecidos por esse calor particular e único que emana de cada pequena parte das suas particularidades.
E por fim Venham! Venham para sonhar comigo esse
sonho doido e talvez utópico, venham para viver comigo todas as emoções
intensas que é estar aqui e venham, principalmente, para que as nossas almas
dancem mais uma vez e para que eu seja banhado pela energia que cada um de
vocês me transmitiu e, quem sabe, para que eu possa transmitir um pouco da
minha energia também. E, se dessa vez não tiver dado certo, venha de novo. “O
importante é nunca deixar de ir”.
Acabei
escrevendo muito, e isso é péssimo. Mas acreditem, há um mundo de palavras
dentro de mim pra cada um de vocês e essa é a maior síntese de como vocês me
afetaram. Eu serei sempre grato a vocês por isso e eu estou incrivelmente ansioso
para a chegada de vocês. A frase é clichê e provavelmente vai ser repetida por
meus colegas, mas a nossa salynha, tão pequena como é, já parece incrivelmente
vazia, feito vácuo, esperando ser preenchida pela presença de vocês. Pelo Y que
já vive e faz morada em cada um de vocês.
Venham mostrar ao mundo o seu Y.
Venham mostrar ao mundo o seu Y.
Um ansioso Até Lá.
E Não Morram!
Mayko Vasconcelos.
Dr Caju
Dr Caju
Sábado foi comprido (mais pra uns do que pra outros). Foi um dia bom e ruim, foi um dia doído.
Na verdade foi uns mil dias em um só.
Dia que começou com chuva, continuou com sol e pra alguns terminou com a lua. Nesse meio tempo teve riso, palmas - pro azar das ansiedades que ficaram na sala - e também choro. Teve abertura e teve vergonha. Teve palavras fofas e tentativas de, tecnobrega, funk, hino e pout-pourri (“o que é isso?”) de coisa que eu só ouvi falar.
Isso porque o que teve foi gente – num dia bom e ruim.
Pra mim, o dia acabou na corda bamba, pendendo entre a felicidade e a chateação. Que incômodo dizer não (ou até já?) pra quem tem o mesmo desejo que eu! Mas infelizmente a salynha é bem -inha e a gente faz o que pode pra, nas nossas falhas, fazer caber até mais gente do que o espacialmente aceitável.
Obrigada a quem soltou o riso, o choro, a vergonha, a voz e tanta coisa mais pra entrar nesse mundo com a gente. Obrigada também a quem suportou a dor e expôs a dúvida: de fato, é muita coisa pra decidir em pouco tempo.
Aos selecionados: bem-vindos!
A todos: que a gente não caia na besteira de tirar o nariz.
Ana Flávia
A seleção do y é diferente. Intensa. Nos faz parar e olhar (nos olhos),
abraçar, enfrentar rios. Somos nós em outro personagem. Nos permite viver cenas
e situações que nunca imaginaríamos: vamos do Titanic até uma alucinação de
parto, passando por aulas de dança, yoga e tantas outras coisas, em questão de
minutos. Nos faz sonhar. Nos permite ser e, ainda,nos deixamos ser vistos (e
isso é algo tão difícil...).
Ai ai, ela mexe com a gente!Com a nossa essência, com a nossa
humanidade... (pera, porque dizer isso, e não apenas “mexe conosco”?!).Cutuca o
que pulsa lá dentro.Traz à superfície tantos sentimentos. Atinge essa nossa
crosta e faz transbordar até mesmo o que estava escondido. Mas palavras não são
necessárias. O brilho dos olhos, o sorriso, as lágrimas e até mesmo o silêncio,
gritam e tocam.É aquela chama do Y que queima.
Sim, foi essa chama que eu vi nesse sábado incrível.Cada chama com sua
cor (azul, laranja, vermelha...), com sua forma, sua melodia (desde funk a um rock silencioso,
passando por um som de caixa de um anjo), sua frequência (da calmaria de quem
medita e conta história, a animação de quem dança maracatu, de quem dança como
a rainha do pop ou como uma caça-vampiros), seu talento (mesmo que não o admitam, armaria, nãm!)... cada qual com sua singularidade,
com sua beleza. Tão diferentes, difícil encontrar algo em comum...
Não! É tão fácil!Eu to vendo ali, pulsando, na face e no peito!
Mas, infelizmente, a burocracia limita:não somos capazes de abraçar a
todos agora. Agradeço por deixarem serem vistos por nós. Obrigada por dividirem
um pedaço de vocês conosco. Peço que acreditem na beleza da chama de vocês,
independente do resultado que lerem ao
final. Confiem, sonhem, sejam.
Aos que passaram: sejam bem-vindos! Bem-vindos a nossa pequena salynha
(mesmo com apenas 17m2 , esse mundo de horizonte laranja consegue abarcar mesmo os espíritos mais leves, que voam para todos
lugares). Espero que vocês abracem o Y, e, também, uns aos outros. Cuidem do
projeto (que é muito mais que um projeto). O Y nos alimenta de sonhos,
sorrisos, sentimentos. Ele nos ensina, acrescenta, constrói (e desconstrói).
Mas ei, nós também o construímos! Com nossas ações, sonhos, momentos...A gente
é o Y. E o Y é a gente!
“Você é, porque nós somos”,
Camila,
DraCaretynha
Ninguém
disse que seria fácil. Sempre parece fogo, que é bonito e caloroso, mas quando
visto de muito perto, queima.
Ninguém disse que seria fácil.
Chega
quase sem querer, olhos cruzados por um instante, mas almas abertas por uma
vida. Um tic-tac de 10 horas seguidas e intermináveis, porque dizer não é
difícil. São também os seus sonhos
lá. Quem diz não aos sonhos? A vida diz não aos sonhos, não eu.
Aqui
sempre foi assim pra mim, lugar onde sentir
era mais natural que falar, não tem como falar, as frases engasgam e não saem.
Pra mim, pensar junto e em conjunto é tão precioso, que não tem como falar.
Lágrimas
correm, na dicotomia do fogo e do mormaço que insiste em não apagar. Correm
rápido, como correnteza, quase afogando, sufocando, sufoca. Ali também era eu. Eram os meus olhos, os meus sonhos, o
meu mundo. Vocês são o que faz o meu fogo não apagar. Vocês.
E a você,
eu falo baixinho, quase em um sussurro levando pelo vento, se as lágrimas
insistem em cair, se a borboleta do estômago insiste em voar, por favor, por
mim, não tire o nariz vermelho.
Lorena Vasconcelos
Dra. Amora
Integrante Y 2012-2014
Ipsolianopara
sempre
Eeeeee Foi! O que era pra dizer já foi dito, o que era pra escrever foi escrito. Agora vamos ao resultado!
Sem mais delongas, aflições e ansiedades abaixo os aprovados na Seleção do Projeto Y, de Riso, Sorriso e Saúde 2015!!!
Amanda Aparecida de Lima Arruda (Medicina S2)
Amanda Beatriz Macedo Moreira (Medicina S2)
Amanda Martins de Paiva (Medicina S2)
Ana Maria Jucá Novaes Ramalho (Odontologia S1)
Juliana Teles Medeiros (Medicina S2)
Lara Tavares Falcão de Oliveira (Medicina S5)
Maria Rafaela Martins Medeiros (Psicologia S2)
Pedro Cantal Moreira (Medicina S4)
Sarah Rodrigues do Espírito Santo (Medicina S2)
Os Pinguélins devem comparecer à sua primeira reuyão dia 12/06 (sexta feira) às 12:30 na Salynha do projeto Y no campus do Porangabussu.
Obrigado!!!
Obrigado!!!
Projeto Y de riso, sorriso e saúde.
26/05/2015