domingo, 4 de outubro de 2009

Felyz Anyversário

Há pouco foi anyversário do Y - quatro anos. Com a reunião em grande festa dos novylhos, dos aspyras, dos vermys e dos antygos. Com direito a futebol de sabão e um banquete.

Não é demais repetir o que a humanidade deve ouvir do Y. Sim, a humanidade! Porque a nossa voz é eco de canções que se espalham no espaço. E eu não ouso dizer aqui que se restrinjam ao ar debaixo do azul. O que o Y aprendeu e tentou passar através de nossos corpos, plenos de alma, entre outros princípios (ainda a serem descobertos), são estes:

Do mágyco e do místyco. Sem querer fazer distinção vã do que seria um ou outro, o que importa é a vivência transcendente que ser palhaço nos traz. Os encontros entre as pessoas não se resumem a janelas abertas em um sinal fechado, mas são imersos numa rede de significados onde nossos corações balançam se quiserem balançar e descansam se souberem aproveitar o pêndulo que vai do outro ao um. Não é mágico porque quisemos dominar o Deus que propicia o encontro dos seres, mas porque procuramos viver na Sua divindade - é místico.

Do invysível. Engolidos por um mundo que nos devora pelos olhos, é sem eles que devemos encontrar o que nos falta. Queremos, a todo instante, dominar tudo e checar a lista de cada objeto que nos circunda, para que não nos surpreenda o novo, para que não nos atrapalhe o impre-visível. Mas é na abertura para o que não se pode ver que se encontra a expansão da vida que colore os vasos por onde seu sangue mais e mais consegue passar.

Da carydade. Ou de qualquer palavra que queira expressá-la. Depende da tradução chamá-la de caridade ou de amor. Do amor, pode ser... que não conseguimos sequer nos aproximar da definição, mas que todos colocam em suas mãos ao escrever qualquer coisa que pareça Y. É bonita a palavra caridade, porque pelo menos nos dá a idéia da cháris, da graça, tão cara a essa ação humana. Porque se é da justiça dar ao outro o que é dele, é da caridade dar ao outro o que é meu e encontrar no outro o divino, sem humilhação e cheio de humildade. Pois mais do que igualdade no mundo, aqui devemos cultivá-lo com o além, ultrapassando as regras da quitação das dívidas, para construir o primado da doação.

Da cryança, ou do ser-cryança, por fim. Que em um mundo mágico, nos enxergou na maquiagem e no nariz que nós propomos, nos aceitando na caridade de suas brincadeiras, em um jogo que fazia parecer o nosso tempo cheio de graça.

Parabéyns ao Y e a todos os seus integrantes que o re-cryam no seu re-creyo de todo dya.

sábado, 15 de agosto de 2009

visYta Sabin (a primeYra!)

Deixem-me contar um poquinho...
Primeiro foi o maior rebuliço aqui em casa pra eu ir p poder visYtar hj, pq com o meu pé quebrado eu n podia dirigir. Pois é...deu certo!
O PÉ Quebrado...quando eu cheguei lá foi a primeira coisa q a Lorena disse: vão te machucar!!! Ai eu me armei com o super martelo verde para me proteger daquelas crianças talvez demoniacas. Amarrei o TAZ na minha bota e fui.
A gente se maqueou numa sala apertadinha e lembraram que esqueceram os LENÇOS UMEDECIDOS! (iamos ser palhaços p sempre!). Ai então a gente se vestiu e maqueou nessa sala, botamos nossos narizes e fomos à luta (e eu tava preparado mesmo, p proteger meu pé =D).
Eu ouvi o allan dizer que quando a gente coloca o nariz de palhaço a gente vira o Dr Palhaço e não sai mais dele. Eu não sabia como era possível, mas como o allan mesmo disse: não pense... aja! E fizemos isso! Cutucamos todo mundo que passava, brincamos com todas a crianças que não choraram e até um pouco com as que choravam. Um menininho, o roberto, chorou e depois disse q fingiu q chorou p gente n ir embora (ótimo ator ele). As acompanhantes também eram muito receptivas, sempre participando das brincadeiras, a maioria.
Subimos a rampa correndo e gritando (na verdade eu subi pulando ;) ) e quando chegamos la em cima fizemos desfile, que começou pelos doutores palhaços e depois teve adesão das temidas por mim CRIANÇAS! Nessa altura do campeonato eu não sabia mais nem onde estava o supermartelo verde, as crianças nem perceberam q eu tinha bota para chutarem...
A visYta foi ótima! O chefinho chamou a gente perto de meio-dia. Então a gente fez o caminho de volta para a salinha apertadinha, mas com a diferença de que foi bem mais demorada a volta, pq a gente não tava mais perdido e preocupado em achar o caminho e brincou mais (ou nao! hehehehe). Nessa hora ai a gente tava mais solto do que nunca. Teve concurso do soletrando, teve dança até o chão e mais desfile de modelos com as ultimas tendencias verdes e azuis das passarelas de Paris.
No fim de tudo voltamos para sala! E CADÊ O LENÇO UMEDECIDO?!!! descobriram uma técnica nova para retirar a maquiagem: primeiro passa o sabão no rosto seco e depois que passa agua que a maquiagem sai! O problema eh q isso arde o olho! Maaaas se precisasse meus olhos iriam arder todo fim de visita, pq essa foi umas das melhores experiências da minha vida! E eu QUERO MAIS! Eu espero sinceramente passar muitos e muitos anos nesse projeto tão bonito! O divertimento daquelas crianças, a certeza de que nós estávamos fazendo algo de bom para elas, só faz a nossa vontade e a nossa empolgação crescer!
Tá... já escrevi mto! Alguém conta mais ai! ;)
E o Danel que me espere pra gente fazer juntos essa melhor visYta de todos os tempos na quarta-feira, porque eu tô no gás! =D (apesar de eu n ter mtos parâmetros p comparar se foi a melhor de todos os tempos!)
Mas simbora nessa! =o)

sábado, 8 de agosto de 2009

Rytual de Inyciação




Todos os integrantes do Y passaram, ao entrar, por um ritual de ynycyação que também era preparação para que eles reconhecessem o eu-palhaço.

Esses rituais são ofycynas de arte que nos introduzem aos princípios do palhaço, seu grande corpo, seus muitos sentidos, seu exagero de linguagem, seu gritante silêncio.

Um dos exercícios que mais causa estranhamento é a interação com um objeto morto. Pedimos para que cada integrante na sua vez vá lá na frente de todos e interaja com um objeto, por exemplo, o clássico copo.

O grande segredo da interação não é a invenção de histórias com o objeto, mas a subjugação hipnótica por parte do objeto a que a pessoa se submete. Entende? Devemos praticar uma interação tão intensa que a pessoa se sinta copo!

Claro que esse segredo nós revelamos aos poucos, na medida em que as interações vão se sucedendo sem êxito, ou com êxitos esparsos. Até porque esse segredo é difícil de passar com linguagem compreensível de primeira. Quando um dos novos integrantes replicou:

- Mas, o copo está parado!

Dissemos:

- Isso! Esplêndido! Você entendeu!

Teatro do absurdo? Não. Com o tempo conseguimos entender que interagir com o copo é um mar aberto que nos ajuda a entender o outro e com ele viver na vida dele. O palhaço, especialmente o de hospital, nos ajuda a penetrar naquela vida adiante, não forçando nada que não seja movimento da própria vida dela. Isso dá mais vida a vida que se nos apresenta doída de tanto ser cortada.

Ouvimos nessa última oficina a profunda frase de uma jovem que disse:
- Eu não posso morrer, porque minha mãe me ama!

Percebam que não há um nexo lógico racional nessa frase. Todos podemos morrer. Independente de sermos amados ou não. A morte é um evento inevitável. E ainda os ícones de nossas religiões, vou me reportar ao maior deles aqui pelo ocidente, morreu antes de ressuscitar. Sua ressurreição não teria sido tão importante se ele antes não tivesse morrido. Isso é óbvio! A relação entre a morte e o amor é outra. Sempre procuramos a salvação desse desfecho. Ou quase sempre. É um arquétipo humano os seres imortais. E entre as muitas tentativas filosóficas de nos livrarem do medo da morte, a resposta mais cativante foi a promessa de permanecermos vivos nos olhos de quem nos ama. Uma promessa algo tola, mas de uma fortaleza grandiosa – até o momento que se quebra.

Na paixão, sentimos plenos na vivência do amor, e essa plenitude é imortalidade. Instantânea. A pior das misérias é a vida intensa que desfrutamos no amor-paixão. Porque extremamente instável, mas de um gosto de “eterno retorno”. Por mais que nos faça sofrer, não há quem resista a tentação de repetir.

Eis os olhos maternos que imortalizam os filhos no seu amor.

E o copo? Se praticássemos a liberdade de nos deixar ser conduzidos pelo copo, nos passos que ele dança enquanto o descobrimos, perceberíamos, enfim, que há nosso reflexo agigantado no seu corpo. Ser o copo nos traz de volta ao contato da natureza que é tudo que nos circunda e é nossa também, a nossa própria.
E o amor?

Pergunte para a menyna que chorou com a rachadura no seu copo que carregava desde os dois anos, tão logo largou o peito da mãe. Esse texto é uma homenagem ao copo dela, que tinha mais vida do que muito ser vivente, em seu coração.

domingo, 28 de junho de 2009

RESULTADO FINAL DA SELEÇÃO


Olá, caros jovens, futuro dessa nação,

Opaaa... deu tempo de enfartar??? Acho que não, né? Pensando na saúde física e mental de vocês, resolvemos agilizar o processo... Mas acreditamos antes, que algumas considerações devem ser feitas, portanto, não peguem seu mouse e baixem a barra lateral, indo direto para a parte da lista... tá, sabemos que é quase impossível, mas não custa nada pedir, ??

O que seria Y??? Apenas mais um projeto de extensão, mais um grupo de humanização na faculdade? O Y vai além disso, é uma característica própria, uma filosofia de vida.

Não, não é loucura, ou talvez seja, mas o que seria do mundo sem os loucos, sem os ousados, sem os determinados, sem os palhaços e nesse misto de características e personalidades, identifica-se algo em comum, a idéia de quebrar o sistema, de romper barreiras, de agir, de andar na direção contrária aos fugitivos...

E a vontade, sim, essa é inerente a cada um, é visível em seus olhos nervosos, ansiosos e angustiados que ali clamam por uma chance, por uma oportunidade de poder ser diferente, mostrando sua essência, suas inúmeras qualidades, sendo transparente, único e com tanto a acrescentar ao projeto.

Como então avaliar? Como então limitar? Como ser justo? Por maior que seja o esforço, tal fato é impossível. Quem somos nós para julgar uma pessoa? Mas tem de ser feito. A angústia muda de lado, e como ela surgem as discussões, as idéias opostas, a dor no coração, a enxaqueca.

Eis que se chega a uma conclusão, com certeza, não a correta, mas aquela oriunda de um trabalho em grupo, um grupo grande e coeso, sempre disposto a se ampliar, e a oferecer mais uma “pedra” para que mais pessoas possam conquistar seus objetivos.

Àqueles que conseguiram: parabéns! Sintam-se à vontade! A casa, ou melhor, a sala é sua. Aos outros, não desistam, sejam perseverantes! Estaremos esperando por vocês próximo ano. Como já diria Lenin:


“Não basta ter belos sonhos para realizá-los, mas ninguém realiza grandes obras se não for capaz de sonhar grande. Podemos mudar o nosso destino, se nos dedicarmos à luta pela realização de nossos ideais. É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho; de examinar com atenção a vida real; de confrontar nossa observação com nosso sonho; de realizar, escrupulosamente, nossa fantasia. Sonhos, acredite neles.”



E, o NARIZ vai para...

Lista de aprovados no Projeto Y de Riso, Sorriso e Saúde!


1. Vítor Cavalcante da Trindade – Medicina - 2º semestre
2. Rebeca Carolinne Castro Gomes –Psicologia - 1º semestre
3. Pedro Samuel de Valões Barcelos – Medicina - 2º semestre
4. Naiana Oriá Soares – Medicina - 3º semestre
5. Maria Helena Benevides Pessoa – Psicologia - 2º semestre
6. Humberto Ítalo Linhares Miná – Psicologia - 1º semestre
7. Humberto Bia Lima Forte – Medicina - 2º semestre
8. Gabrielle Sousa Guerreiro – Psicologia - 1º semestre
9. Fernando Klein Leitão – Medicina - 2º semestre
10. Andreza Liara Machado de Oliveira Guedes – Medicina - 1º semestre



Até mais! o/

sábado, 27 de junho de 2009

Resultado Seleção do Y - 1a Fase

Olá, queridos aspirantes a integrantes do projeto Y,

pooodem ir lavando suas boquinhas sujas com sabão côco, pois vocês devem ter aprendido muitas palavrinhas obscenas para proferi-las contra o Projeto devido ao relativo longo tempo que vocês estão ansiosamente (indignaaados!) esperando pelo resultado!

Foram muuitas noites em claro analisando o conteúdo filosófico das fotos, váários intervalos de almoço perdidos lendo os vastos currículos, hooras e hoooras gastas invocando o Nosso Senhor Jesus Cristo para que Ele (e SOMENTE Ele!) pudesse decifrar o alfabeto aramaico usado por vocês nas redações!

Queremos agradecer a toodos que se inscreveram na seleção, alguns não pela primeira vez, por confiarem no Projeto Y e acreditarem naquilo que constitui a nossa base filosófica: a Humanização. A humanização que acredita que as emoções e os sentimentos dos pacientes são tão (ou mais) vitais quanto à parte física, orgânica, palpável; essa humanização que é muitas vezes esquecida e negligenciada por muitos.

Aqui vai um trecho do livro Balanço 2008 – Doutores da Alegria...

“A alegria, na verdade, tem a ver com estar vivo, tal qual Allegro, um movimento de música. É na simplicidade da troca entre as pessoas que ela começa: o que eu tenho de melhor eu disponibilizo para trazer à tona o melhor em você."

Para levar alegria a alguém, não precisa fazer parte do Projeto Y ou estar vestido de palhaço, basta que dê o seu melhor, que continue acreditando no lado bom das coisas e sendo, acima tudo, VOCÊ, em toda sua essência...

E, AGORA, aqui vai, antes tarde do que nunca...


Lista de aprovados para a 2ª fase da seleção do Projeto Y de Riso, Sorriso e Saúde!


Vítor Cavalcante da Trindade – Medicina - 2º semestre

Rebeca Carolinne Castro Gomes –Psicologia - 1º semestre

Pedro Samuel de Valões Barcelos – Medicina - 2º semestre

Naiana Oriá Soares – Medicina - 3º semestre

Marília Franco de Oliveira – Psicologia - 2º semestre

Maria Helena Benevides Pessoa – Psicologia - 2º semestre

Luana Nunes Caldini – Enfermagem - 2º semestre

Humberto Ítalo Linhares Miná – Psicologia - 1º semestre

Humberto Bia Lima Forte – Medicina - 2º semestre

Gabrielle Sousa Guerreiro – Psicologia - 1º semestre

Fernando Klein Leitão – Medicina - 2º semestre

Éryka Borge Pinto – Psicologia - 1º semestre

Emille Ferreira Carneiro de Melo – Psicologia - 3º semestre

Denise Costa Rodrigues – Psicologia - 1º semestre

Clara Cela de Arruda Coelho – Psicologia - 1º semestre

Andreza Liara Machado de Oliveira Guedes – Medicina - 1º semestre



ParabéééYns a todos!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Primeira visita!

Olhando hoje nos meus textos antigos eu achei esse que talvez ninguém conheça (ainda). E resolvi torná-lo público hoje. Como eu tenho uma péssima mania de não datar o que eu escrevo, não vou lembrar a data da visita ao Sabin, mas foi a primeira visita dos NovYlhos...algo que não se esquece.

Todas as regras gramaticais são quebradas nesse texto, mas a licença poética está ai pra isso =P
Eu escrevo como falo, ué =P



Nasci...ou seria renasci em mim mesma ?
Momento de descoberta, dúvidas, receios, medos...medo da rejeição, da não aceitação, medo...MEDO. Disseram que aconteceria(seia normal) e aconteceu....maquiagem quase pronta e o coração batento mais rápido...o desejo que o tempo não passasse, que a maquiagem não terminasse, que fóssemos transportados pra um lugar qualquer que não ali (tum-ta)(tica-tac) (medo-medo)


Chegou a hora...
mas palhaços evitando crianças? não era pra ser assim. Tem algo errado!! A primeira queda, o primeiro choro. O que fazer diante do inesperado choro? (não foi pra isso que a gente veio, alguém ensina a superar o insucesso?) O choro!!! Estavamos em busca de risadas, veio choro, o temido choro, o medo=/ As mães riem, mas e as crianças? Olhares assustados. Olhares voltados pra nós, olhares assustados (os nossos ou os das crianças?)

Opa, vi um sorriso. Sorrisos tímidos que aos poucos se revelam, gargalhadas que finalmente são ouvidas. Finalmente o som esperado...musicas para os palhaços assustados.

Cai o muro e instalá-se um caos programado (ou não). Os pequeninos assumem o comando, eles como autores do roteiro do dia...rodeiro da vida(=D). Ouve-se um: "Tchau palhaço, estou indo operar"... um beijo, um aperto no nariz e a ctz q tá tudo bem!!

Somos conduzidos, nos deixamos conduzir...piolhos surgem junto com alguns tapas, bela adormecida, danças, hipopotizações, palhaços q não veêm, não falam, nem escutam, apenas obedecem.
PAAAAARAA TUDO
(abre o parêntese)
Palhaço: ei...mas se eu não escuto como vou poder obedecer?
Criança: Tá...vc escuta então!!
(fecha o parêntese)


Realização! O tempo resolve agir rápido...e as horas se vão...crianças almoçando...Eeepa que horas são? Hora de ir embora=/ Salinha, vestiário, bloco D...D de...??!!

(De) 13 palhaços cansados. Descobrimos que eles cansam também. 13 seres humanos refeitos. Palhaços que ganharam vida, nomes, formas, cores, jeitos e trejeitos. Pessoas completas que se divertiram, pessoas que com um simples "disfarce", um outro eu, perderam a vergonha do ridículo. Expuseram o ridículo. Saíram da platéia e dominaram o palco, comandaram o espetáculo da vida sem medo de ousar, de se expor. Com medo do resultado, do julgamento, mas sem medo de serem julgadas.

Piadas mal contadas, quedas mal planejadas, cantorias improvisadas, danças...e que danças!! Danças do corpo, da alma, da leveza do espírito! Quebrando regras, tabus...rotinas!! Dança do coração (amor-amor) =)








...palhaço...palhaço!!! ;o)



Lorena William (Dra. XyXyRyCa)

domingo, 31 de maio de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

FuxYrYco


A pedidos da TICI, eis aqui seu afilhado!



domingo, 10 de maio de 2009

O que é o Y?


Calygrafya...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sobre a Realydade das Coysas

Os Doutores Palhaços estiveram em Fortaleza! Tinham parceria com os Doutores da Alegria quando estes ainda estavam no Rio. Fundaram o Grupo de Teatro Roda Gigante(1) e inventaram o espetáculo "Inventário". Fantástico! Que graça e que crítica!

Na peça, misturaram com destreza as doçuras do relacionamento com as crianças, os percalços de um ofício que não é só flores, a crítica a palhaços de hospitais bem intencionados, mas insensatos, e a denúncia ao descaso com a saúde pública geratriz de profissionais frustrados e desumanizados.

Ao final do espetáculo, tivemos o prazer de ouvi-los responder às nossas perguntas. Respostas polêmicas que comentamos aqui particularmente duas.

Confessamos que por aqui éramos palhaços de muito improviso. Aprendemos a ser assim. Não tínhamos o palhaço como profissão e revelamos nossa falta, muitas vezes, de “cartas na manga” para sairmos de ou entrarmos em situações difíceis.
A
Responderam que o treinamento era necessário. Eles tinham reuniões semanais com trocas de experiência e auto-capacitação, estudando também teorias que lhes fizessem entender o significado do trabalho deles. Falaram que era ciência o que faziam.

Em um documentário recentemente divulgado, já tinha ouvido a afirmação e re-afirmação dos Doutores da Alegria em querer deixar claro que fazer o que faziam não era só inspiração e dom, mas engenho e esforço. Não era mágica.
A
Essas falas seguem um discurso de uma civilização moderna que quis romper com um antigo regime de privilégios divinos (pré-moldados) e sangue azul para fazer surgir a democracia do mérito. Mais importante que a revelação era a experimentação racional da natureza. E como símbolo dessa emancipação: a ciência.

Percebemos, contudo, que a ciência, embora revolucionária e criadora de uma nova forma de lidar com a realidade, se tornou tirana da verdade e, democrata que era, passou a assumir o poder sobre o que deve ser e o que não deve ser o que se vê, ou pior, o que se vive. Alertou um dia Cecília na sua Anatomia: “E’ triste ver-se o homem por dentro: / Tudo arrumado, cerrado, dobrado/ Como objetos num armário.
A
“A alma, não.”
A
Porque palhaços teriam essa pretensão de querer ser científicos se eles têm mais que isso: arte?

O cotidiano da nossa ciência revelou-se a serviço da manutenção de uma realidade já vista. Uma realidade que havia sido descoberta com a ousadia de seres inspirados que deram pulos mágicos para alcançar a originalidade. A ciência só veio preencher os espaços que separavam o gênio da média da humanidade.
A
A arte – e o gênio é artista – não prova realidade nenhuma. Materializa uma realidade que ainda não existia, mas que o espírito entrevia nas malhas de seu coração.
A
A segunda crítica vai a como alguns deles abordaram a identidade do trabalho que exerciam no hospital.
A
Quando lhes perguntavam, numa abordagem bem monótona, se achavam, sim, que a alegria era o melhor remédio. Respondia-se que não. Que o melhor remédio era ter remédio no hospital, ter exame no hospital, ter papel para enxugar a mão no hospital. Quando lhes perguntavam se o palhaço era figura essencial no hospital. Respondia-se que não. Que em um hospital bem administrado, com profissionais bem remunerados e com pessoas que fizessem bem o seu trabalho, o palhaço não precisava entrar. E quando lhes perguntavam se eles estavam ali para dar amor. Era dito que não. Que o médico estava para dar a medicina dele e eles, a arte.

A nossa Dra. Tampinha, em uma conversa particular, havia concordado que eles haviam dito certo para a realidade deles. Contudo, para nossa realidade de meros estudantes metidos a palhaços, o amor, já que nossa arte é pífia, era ferramenta primeira. E última.

O amor, todavia, é ferramenta primeira, e última. Para qualquer realidade!

Luc Ferry, filósofo contemporâneo francês, escavou uma pesquisa feita pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) daquele país, revelando que “mais de 50% dos franceses fizeram doações em 1994, chegando a um montante global de 14,3 bilhões de francos, o que representa um aumento de 50% se comparado com 1990”(2). Um quarto dos doadores era isento de imposto de renda, só para acrescentar a imagem da caridade per se e não pelo desejo de desconto fiscal.

O que pareceria, a priori, o aumento da caridade no mundo, analisa Ferry, pode não representar bem a essência do amor. É fácil que uma população razoavelmente estável dê um pouco do seu excedente para somar bilhões sem nenhum sacrifício. A força da parábola de Jesus sobre a viúva que deu de si o que lhe faltava sobrevive como um arquétipo da humanidade que quer mais do que esmola para amar dignamente o próximo.

É verdade que precisamos de meios materiais para realizar um trabalho digno. O que sentimos, de outro modo, é que isso não basta. Não nos basta realizar uma boa medicina ou fazer rir com boa arte, se não tiver amor...
A
Não deveríamos, junto com o governo de privilégios, ter jogado fora tudo o que nos escapasse o controle (o crepúsculo dos ídolos). O amor é dessas realidades arredias que nos surpreende apaixonados e nos faz realizar coisas irracionais, mas cheias de graça. Há amor no palhaço. O amor é desses espíritos que nos tomam e nos fazem cuidar do outro sofrido. Há amor na medicina.
A
Se somos movidos com razão para a construção de um mundo melhor, com não menos razão nos entregamos a essa luta por amor.
A
De outro modo, citando a palhaça do grupo Dra. Leonoura: "Hay que pegar la veia, perder la ternura jamás!".
A
(1)
(2) FERRY, Luc. trad: Jorge Batos. O Home Deus ou O Sentido da Vida. 2ª edição. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007.


Allan Denizard

domingo, 5 de abril de 2009

O número 11

Meu primeiro Relato de vysyta público... então tenham paciência comigo... =]


Segunda, dia de Vysita!
A Marmota e o Gagologo foram na frente pra não atrasar, e a Patolina ficou pra esperar a Aspirina...as atrasadas saíram da palhaçolândia correndo os 100 metros rasos! :P
Ai la na entrada do HU tinha uma menininha levando a mãe pelo braço... as palhaças conversaram, pegaram dicas de cabelos com alguém nas escadas e quando sobem... vixe! Ai que susto! A menininha aqui também! Ta dando copia! Será que tem mais espalhadas pelo hospitaaal? Vamo procurar, Patolina, vamo!
E corre, e corre, e corre...
- La vem as barulhentas..
- Noooos, barulhentas? Tu é barulhenta, Aspirina?
- Eu nãaao! Tu é, Patolina?
- Eu tbm não... acho que não era com a gente não...hihi
Alguém da enfermaria da endócrino chama pra gente falar com uma bebê... uma bebê maior que a gente!
- Essa é a bebê da gente aqui..
- Viiiiixe! Essa bebê da trabalho pra botar no colo nééé! =) A bebê foi bem receptiva com as palhaças...
E enquanto isso, já tinha umas dez rostinhos de criança espiando pela porta. Uma carinha já conhecida foi logo me desafiando pra correr a trás dela... eu te peeeeego, Paloma! As mães adoraram ver a palhaça correndo de um lado pro outro sem conseguir pegar a Paloma. A Aspirina nãoachou nenhuma graça nisso..
- Eeeeei, teu sapato ta errado! Tu calçou o par errado! - Crianças
- Seeeerio?!!!! Nacreditonãaaao! Então, então, então... CADê MEU SAPATINHO certoo?? – Aspirina.
- Peera, eu vou te ajudar a procurar!
- Huuun, tu vai ser meu assistente?
- Unrrum!
- E como é teu nome?
- Sei la!
- Huuun, ta bom, Sei La! Ta contratado pra seu meu assistente! Vamo procurar!
- Vamo, vamo!
Procuramos dentro do lixo, debaixo dos leitos, debaixo do suvaco das mães, dentro do vidrinho de álcool, dentro dos prontuários, e nada do sapato...
- Vamo procurar La na sala dos brinquedos!
Quando chego La, mais um rostinho conhecido! Não, não era o Ronaldinho, era o Romário!
- Romaaaaario! Tu lembra de miiim? A gente brincou do Capitão Jack contra o Transformer!
- Lembrooo! [Sorrisão!]
E ai, de repente, todas as crianças foram chegando e chegando e de repente não mais que de repente a gente já tinha gente suficiente pra fazer uma banda! Ebaaa!
- Gente, todo mundo tem que participar!
- éé, e quem não toca dança viu, Aspirina! Hihihi – Patolina.
E a banda se formou:
- Na sanfonaaaa: Palomaaa!
Nos pandeiroos: Julio (bem pequeninho, do tamanho do pandeiro!!), Patolina e Romariooo!
No Tambor: Igooor!
Nas guitarras: Gardeeeel!
Nos birimbelinhooos: Ana!
No tambor com as mãaaaos: Sei La!
E quem sobrou pra dançaaaar foi a Aspirina...
E um, dois, meia e já!
Ficou lyyyyndo! :~ Estavam todos tão participativos!
Depois chegou o Gagologo e a Marmorta, os dois todos marmotentos, não conseguiam passar pela porta, não cabia os dois! Depois de alguns minutos de dificuldade eles passaram e vieram fazer parte da banda tbm... ai a banda se formou de novo e cantou o grande hit “Beijinho Doce”...cantou dentro dos limites do conhecimento da musicas pelos payaços, que não La dos maiores...:P

Ai la veio o Romário e deu uma batidinha nas costas da Aspirina.
- Romaario? Foi tu?
- Fui eu! Mas tu nem ta me vendo...
- é mesmo! Vaaalha, eu nem to te vendo! E agoraaa? Cadê tuuu? Tu virou invisiiivel? – E procura e procura, procura atrás da porta, embaixo do sapato, dentro da casinha de boneca...
- Eu to aquii, bem atrás de ti!
- Bem atraas? Não to vendo! – E procura nas costas, rodando, rodando, rodando... ah! Deve ta grudado no jaleco! Tira o jaleco pra procurar o Romário!
- Nem te achei, Romário! Aparece logooo!
- Pliiiiim! Agora tu pode me ver!
- Aaaaaaaaaaaaaih Romariozinho! Me da um abraço, que eu tava era preocupada contigo, não some mais assim não viu...! Ora mar mininooo! =)
Ai ele ficou 2 minutinhos parado, enquanto a Aspirina batia um papo com o Sei La e o Gagologo, e la esta ele de novo chamando a Aspirina! Vixe! O Romário ta do outro lado da porta de vidro! E agora não da pra gente se falar! So com gestos... ai ele botou a mãozinha pequeninha aberta no vidro, e a Aspirina entendeu a dele e colocou a mãozona no vidro tbm... e elas se encaixaram! Ai ele encostou a bochecha no vidro, e Tham! Ganhou uma beyjoca da Aspirina! Oops, sujou o vidro da sala de brinquedos... limpa logo com o jaleco antes que alguém veja! hihihi

[ Pausa dramática: Eu sinto uma coisa tão boa no Romário...ele é uma criança muito especial...não que as outras não sejam, e são, mas eu acho que Romario e a Aspirina tiveram uma conexão muito forte. Essas coisas acontecem as vezes na vida, essas conexões aparentemente inexplicáveis... e ele ta sempre inventando jogos.. nem precisa se preocupar em tentar criar alguma coisa com ele, em tentar ser palhaço, é so entrar na viagem dele. Na ultima vez que ele estava internado, há alguns meses, a gente passou muuito tempo viajando, falando da CSA dele que tinha as paredes de biscoito, os degraus de doce de leite e o telhado de pedacinhos de morango, e fazendo um duelo cheio de dialogo dos dois bonecos-companheiros dele, o capitão Jack, do bem, e o Transformer, do mal. E no fim das contas o Capitão Jack nem precisou destruir o Transformer, porque o Transformer virou bonzinho! :~ E eles dois, o Capitão Jack e o Transformer ficaram super amigos da Aspirina e da Marmota! ]

Eitaaa, hora de ir embora! Já estão chamando a gente de volta pra Palhaçolândia! Vamo vamo, arruma as trouxas e vamo!
Espeeera, a Cintia ta terminando um desenho que vai dar de presente pra gente! Obaaa! Tem o Gagologo, a Patolina e a Aspirina! :~ E a Cintia foi super generosa, nos ficamos até bonitos no desenho! :P
Agora siiiim, hora de ir! E tem coisa melhor que ir embora e ser deixado na porta por tantas carinhas sorridentes pedindo pros payaços prometerem que voltam?
So mesmo o Romário chamando a Aspirina, pra contar so mais uma coisa, bem baixinho...:
- Ei Aspirina, eu vou dizer pro Capitão Jack e pro Transformer que tu veio aqui hoje, ta! Eles vão gostar..!
- Obaa, ta bom! Manda um beijão meu pra eles, viu..! =)

Um beijão pro Romariozinho, onde quer que ele esteja agora... e que ele esteja Yluminado...

Dra Aspirina

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Com Coração Levy

Lendo as declarações que a Carlota fez, me veio a mente bem rápido o Peter Pan.

Não sei se vocês já notaram, mas ele é um garoto um tanto malvado. Diverte-se com a possibilidade de matar piratas. É um perfeito tirano com os meninos perdidos. Ama Wendy, mas não confessa. Pede para contar histórias suas para se gabar e ser louvado. Esquece as coisas que poderiam fazer as pessoas felizes se ele se lembrasse, mas é amado por todo o Nunca.

O final do livro de James Barrie é de uma poesia sem par e termina com a mesma expressão que a Carlota usou para falar de si:

"Quando você olha para Wendy, você pode ver seu cabelo ficando branco, e ela ficando pequena de novo, por tudo isso ter acontecido há muito tempo. Jane é agora uma adulta comum, com sua filha chamada Margaret; e em toda faxina da primavera, exceto quando ele se esquece, Peter vem para Margaret e a leva para a Terra do Nunca, onde ela conta histórias sobre ele para ele, as quais ouve ansiosamente. Quando Maragret crescer, vai ter uma filha, que deverá ser a mãe de Peter por sua vez; e assim continuará sendo, enquanto as crianças forem alegres e inocentes e sem coração."

Uma tradutora do livro aqui no Brasil não gostou desse final e o modificou. Achou demais cruel, depois de tanta aventura, dizer que as crianças são sem coração. Então, deu-se a permissão para terminar assim:

"... e assim continuará sendo, enquando as crianças forem alegres e inocentes e de coração leve."

Leve como as bolhas que já muito soltamos, não é palhaços?

Até a próxima faxina de primavera!


PS.: Não sentem uma certa vontade de voar depois de colocar o nariz para voltar a ser pequeno e não mais crescer - por alguns instantes. Nuncalândia, Palhaçolândia... para chegar a elas eu sempre senti que era só ir direto na primeira ou segunda estrela que aparecer ao norte ou ao sul, sempre em frente.

Allan Denyzard

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

SAUDADES

Olá pessoas, td bem??? Tou vendo esse blog muuuuuuito parado e como faz tempo q eu não escrevo... tou vindo aqui fazer a minha parte.

Mas sobre o q escrever, tou de férias, sem visitar, sem poder dar nenhum relato, então resolvi fazer aqui algo mais pessoal.

Tipo, é estranho me ver aqui parada, em frente a uma janela em branco do Word, sem saber o que expressar, eu q sempre fui de escrever textos enormes que ultrapassavam o limites de linha permitido da redação, mas principalmente, sem saber o q falar desse projeto que é tão significante pra mim.

Mas tão importante, não por tudo que eu jah fiz nele, não pela sua belíssima filosofia que me conquistou, tudo isso não é o suficiente. Sabe aquela sensação que lhe dá, qnd vc ta super cansada e vc se lembra que tem reunião do Y e fica feliz??? Mas parando pra pensar, pq eu ficaria feliz, se eu almoçaria mais uma vez correndo, discutiria várias burocracias e arranjaria mais coisa pra fazer???

Quem não conhece o Y, me internaria agora. Mas só um Ypsloniano, entenderia a diversão que tem por trás de tudo isso. E eu não digo diversão só porque nós somos um bando de doidos e pq nós apontamos os defeitos do outro e ainda rimos dele, mas acima de tudo, nós somos um grupo de amigos.

Aí eu me lembro da Kakys chorando na sua despedida (ooops, tornei publico, sinto q vou apanhar) dizendo q a ficha da Mya não tinha caído ainda, e depois de vê-las, agora como internas, minha ficha caiu.

Amanhã eu vou pra minha primeira reunião de planejamento, sem as duas como membros efetivos, eu sei que as sextas-feiras agora, não terão mais a presença delas, e agora eu vejo que o Y pra mim, tah um pouco menos divertido.

Assim, nos meus 2 anos de projeto, já era para eu ter entendido a saudade que deixam aqueles que saem. Então, lembro da Mya me enchendo de coisa pra fazer, me escolhendo sempre como corna, da Kakys brigando preu calar minha boca e me convencendo não sei como, a fazer as coisas de interesse dela. Óbvio que eu não posso esquecer a Keka, com qm eu não tive contato muito no começo, mas que depois junto comigo e com a Loh, fez aquela época em q eu a quinta-feira era sempre o dia mais legal da semana. Aí eu vejo que de todos os outros integrantes que saíram eu nunca tive tanto contato como eu tive com essas três.

Todas elas me receberam no projeto, me fizeram sentir integrante do Y, foram minha referência e se tornaram minhas amigas.

Tipo a saída da Janine e da Mirela do projeto, foram normais pra mim, elas eram minhas amigas desde o colégio, sei que posso falar com qlqr uma a hora que quiser e que as encontro o tempo todo fora da faculdade.

Kakys, Mya e Keka, contudo, eu conheci na faculdade, através do projeto e agora não vejo outro ambiente que eu as pertubaria sem ser a Sala do Y.

É eu não sou uma pessoa que gosta de falar dos meus sentimentos, e agora com a saída da Kakys, eu sei que sou a pessoa mais chata do projeto, e apesar de toda a minha fama de ser sem coração, eu tenho de admitir que vou sentir muito a falta dessas três e eu desejo, lá vem meu egoísmo, q um dia eu signifique pra algum Ypsiloniano, o q elas significam pra mim.