com as crianças
Até sobrevir as rodas
Quando
então
passou a brincar de roda
Mas
se foram os braços
E se meteu a brincar de guia
Era guiado o tempo todo
por um bando de moleques
E sorria!
A roda acabou
Lhe tiraram as rodas
E teve de parar
Inventaram de inventar nova brincadeira
Que era a dos olhos
Seus olhos eram detetives sem par
Abertos. Fechados. Abertos
Comandavam
os moleques
a dançar
Ficando depois cego
Teve medo de ficar
sozinho
Mas
quão grande alegria
Não deve ter ele sentido
Quando
todo desprevinido
Sentiu milhões de toques vizinhos
!
Morreu
então
o bricante
- Enfim e sem pressa -
E como se esperassem algo
Sentados
passaram a bater palmas
Para uma alma que girava
De pernas saltitantes e braços soltos
Olhos fulgurantes
e
tronco mamulengo
A brincar e brincar
Levando ao delírio
um bocado de moleques.
Allan Denizard
3 comentários:
Vc já sabe como essa poesia me tocou.
Mas não custa nada reafirmar aquY em públYco: AmeeeeeeeeeeY!
=*
"A vida é uma caixinha de surpresa..."
\o/
lindo=]
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