Fortaleza, 1 de março
Hoje a visita foi especial . Conheci o tão falado anjinho do Y , q , até então, acreditávamos estar no céu. Ao saber da incrível notícia de q houvera um mal entendido quanto a sua morte, eu e a Mia fomos na Cirurgia a procura do Wellington. Já no corredor podíamos ouvir os prantos dele, que estava tendo sua cabecinha raspada. Fomos perguntar o que estava acontecendo. Câncer no olho. Ele tinha que raspar a cabeça, faria uma cirurgia de retirada no olho naquele mesmo dia. Como se já não bastasse a lenta e progressiva mutilação causada pelo xeroderma pigmentoso. Passamos alguns instantes ali observando aquela cena , que para mim, por não ter vivido situação parecida, foi chocante, não sabia como reagir. Parece que eu e a Mia, como que em sintonia pensamos a mesma coisa. Vamos trazer a Dra. Marmota e a Dra. Tampynha para visitá-lo! Dra. Fulô estava pelas redondezas da palhaçolandYa e tb foi fazer a visita. Apesar do nervosismo unânime de todas três, fomos interagindo com quase todos nos corredores do hospital ( o porteiro Sr. Otacílio comentou que nunca mais tínhamos ido ao hospital ... será que fazemos falta mesmo?!!?) até chegarmos ao leito do Wellington, que estava em um quarto com mais duas crianças (a Dieli e o Felipe). As enfermeiras , uma especial a Lili (nos recebeu mto bem!), vibraram com nossa chegada . “Vcs caíram do céu ! Hj está sendo um dia mto difícil para o Wellington ... ele vai tirar o olho ... a cirurgia será 14h.”
12h, essa foi a hora que chegamos lá , 14:00 a hora que saímos. Duas horas intensas e cheias de vida ! Isso mesmo , de vida ! Nunca vi criança tão cheia de vida. Assim que chegamos lá ele sorriu como que reconhecendo a Dra. Tampynha, que logo apresentou a Marmota e a Fulô. Com os bracinhos abertos ele nos recebeu e, estranhamente, como que puxando assunto com as doutoras palhaças mostrou sua mãozinha, dizendo que suas unhas estavam grandes! Ora, era isso que naquele momento parecia incomodá-lo ... suas unhas ! (??) Justificou que não havia dado tempo de cortá-las. A Marmota mostrou as suas (eita, estavam grandes mesmo!) e ele : “é ... até que as minhas não estão tão grandes assim !” . Daí surgiram muitos jogos. E a gente não precisou fazer nenhum esforço para criá-los.
Até que a avó dele disse que ele precisava ir tomar banho. “Olha , esperem aí, volto já, prometo, não vão embora! Sentem nessa cadeira azul!” .
Enquanto isso interagimos um pouco com as outras crianças no quarto .A Dieli (14 anos) estava com dificuldade para comer. Conseguimos convencê-la de tentar comer pelo menos um pouquinho, a Tampynha colocou um tempero mágico na comida e a Marmota ensinou um jeito marmotoso mais divertido de mastigar ! O Felipe estava um pouco sonolento, mas demonstrou encantamento com as bolhinhas de sabão.
O Welllington voltou, ainda mais empolgado para brincar. Em alguns momentos interrompia a brincadeira para limpar a secreção que saia de seu olho. Fazia isso de forma fria, naturalmente ... não reclamava de dor ou qualquer outro incômodo (Meu Deus ele ia tirar o olho! E, naquele momento, nós, sua avó e as enfermeiras ali presentes pareciamos estar mais nervosas e ansiosas que ele) .
Hoje a visita foi especial . Conheci o tão falado anjinho do Y , q , até então, acreditávamos estar no céu. Ao saber da incrível notícia de q houvera um mal entendido quanto a sua morte, eu e a Mia fomos na Cirurgia a procura do Wellington. Já no corredor podíamos ouvir os prantos dele, que estava tendo sua cabecinha raspada. Fomos perguntar o que estava acontecendo. Câncer no olho. Ele tinha que raspar a cabeça, faria uma cirurgia de retirada no olho naquele mesmo dia. Como se já não bastasse a lenta e progressiva mutilação causada pelo xeroderma pigmentoso. Passamos alguns instantes ali observando aquela cena , que para mim, por não ter vivido situação parecida, foi chocante, não sabia como reagir. Parece que eu e a Mia, como que em sintonia pensamos a mesma coisa. Vamos trazer a Dra. Marmota e a Dra. Tampynha para visitá-lo! Dra. Fulô estava pelas redondezas da palhaçolandYa e tb foi fazer a visita. Apesar do nervosismo unânime de todas três, fomos interagindo com quase todos nos corredores do hospital ( o porteiro Sr. Otacílio comentou que nunca mais tínhamos ido ao hospital ... será que fazemos falta mesmo?!!?) até chegarmos ao leito do Wellington, que estava em um quarto com mais duas crianças (a Dieli e o Felipe). As enfermeiras , uma especial a Lili (nos recebeu mto bem!), vibraram com nossa chegada . “Vcs caíram do céu ! Hj está sendo um dia mto difícil para o Wellington ... ele vai tirar o olho ... a cirurgia será 14h.”
12h, essa foi a hora que chegamos lá , 14:00 a hora que saímos. Duas horas intensas e cheias de vida ! Isso mesmo , de vida ! Nunca vi criança tão cheia de vida. Assim que chegamos lá ele sorriu como que reconhecendo a Dra. Tampynha, que logo apresentou a Marmota e a Fulô. Com os bracinhos abertos ele nos recebeu e, estranhamente, como que puxando assunto com as doutoras palhaças mostrou sua mãozinha, dizendo que suas unhas estavam grandes! Ora, era isso que naquele momento parecia incomodá-lo ... suas unhas ! (??) Justificou que não havia dado tempo de cortá-las. A Marmota mostrou as suas (eita, estavam grandes mesmo!) e ele : “é ... até que as minhas não estão tão grandes assim !” . Daí surgiram muitos jogos. E a gente não precisou fazer nenhum esforço para criá-los.
Até que a avó dele disse que ele precisava ir tomar banho. “Olha , esperem aí, volto já, prometo, não vão embora! Sentem nessa cadeira azul!” .
Enquanto isso interagimos um pouco com as outras crianças no quarto .A Dieli (14 anos) estava com dificuldade para comer. Conseguimos convencê-la de tentar comer pelo menos um pouquinho, a Tampynha colocou um tempero mágico na comida e a Marmota ensinou um jeito marmotoso mais divertido de mastigar ! O Felipe estava um pouco sonolento, mas demonstrou encantamento com as bolhinhas de sabão.
O Welllington voltou, ainda mais empolgado para brincar. Em alguns momentos interrompia a brincadeira para limpar a secreção que saia de seu olho. Fazia isso de forma fria, naturalmente ... não reclamava de dor ou qualquer outro incômodo (Meu Deus ele ia tirar o olho! E, naquele momento, nós, sua avó e as enfermeiras ali presentes pareciamos estar mais nervosas e ansiosas que ele) .
A Fulô levou uma injeção gigante ( a bombinha de encher balões!), deu uma de pneumologista (sugava e tirava pneuzinhos das pessoas!)! Depois a injeção foi usada pela Marmota e pelo Wellington para injetar dentre puns e outras coisitas mais, trimiliques no corpo da Tampynha que só voltava ao normal qd tocava uma muzquinha. E td isso era idéia dele! “Se aqueta, menino, vc vai se operar!” Dizia sua avó.
Momento de partir, o maqueiro chegou. O rostinho dele se transformou, o que será q se passava pela sua cabecinha de menino de 7 anos de idade?
O acompanhamos até o Centro Cirúrgico, cantando, brincando, tentando fazer algo para amenizar aquele inevitável momento de tensão. Ele colocou a mãozinha no rosto ... esconder algumas lágrimas ?? Talvez ... nos despedimos com o “PApaDOpaDa ...” .
Ah! Dp que o Wellington entrou, a Marmota e a TampYnha tentaram entrar no Centro Cirúrgico ( a Espaçonave!) O maqueiro até empurrou a maca (o foguete!). De súbito, veio um médico ( vestido de alface , ou seria ervilha , abacate ??) ... as palhaças entreolharam-se, temendo uma repreensão, mas surpreendentemente o médico, simpaticamente, disse: “Já estava na hora de vcs terem chegado né!? Mtos aqui precisando de sorriso!”
Não pudemos entrar pois estávamos contaminadas ... mas foi bem diferente a experiência de termos ido ao Centro Cirúrgico e sermos recebidas daquele jeito! Foi ... recompensador! Isso! Deu mais vontade ainda de pensar em melhorar nossas visitas!
Saímos do hospital exaustas , mas felizes e revigoradas ... felize
s por termos conseguido alegrar pelo menos um pouquinho o menino anjo e revigoradas pela contagiante vontade de viver daquela criança, mais forte e madura que nós!
Dra. Marmota
Momento de partir, o maqueiro chegou. O rostinho dele se transformou, o que será q se passava pela sua cabecinha de menino de 7 anos de idade?
O acompanhamos até o Centro Cirúrgico, cantando, brincando, tentando fazer algo para amenizar aquele inevitável momento de tensão. Ele colocou a mãozinha no rosto ... esconder algumas lágrimas ?? Talvez ... nos despedimos com o “PApaDOpaDa ...” .
Ah! Dp que o Wellington entrou, a Marmota e a TampYnha tentaram entrar no Centro Cirúrgico ( a Espaçonave!) O maqueiro até empurrou a maca (o foguete!). De súbito, veio um médico ( vestido de alface , ou seria ervilha , abacate ??) ... as palhaças entreolharam-se, temendo uma repreensão, mas surpreendentemente o médico, simpaticamente, disse: “Já estava na hora de vcs terem chegado né!? Mtos aqui precisando de sorriso!”
Não pudemos entrar pois estávamos contaminadas ... mas foi bem diferente a experiência de termos ido ao Centro Cirúrgico e sermos recebidas daquele jeito! Foi ... recompensador! Isso! Deu mais vontade ainda de pensar em melhorar nossas visitas!
Saímos do hospital exaustas , mas felizes e revigoradas ... felize
s por termos conseguido alegrar pelo menos um pouquinho o menino anjo e revigoradas pela contagiante vontade de viver daquela criança, mais forte e madura que nós!
Dra. Marmota
6 comentários:
Putz! Caraca! Vocês num sabem o passamento que eu tive aqui, do outro lado do mundo, sabendo de uma vez só que o anjinho ainda está na terra e que tava passando por uma coisa dessas!
¡Es increible!
Beijão pra vocês, eu e Anynha estamos emocionadas demais pra mais comentários...
Caramba, deu vontade de chorar, Gabi!! O trabalho de vcs é muitissimo importante!! :D Parabens!!
Gabiiii!!!! Q lindo! Vc descreveu de um jeito que parecia que eu tava lá assistindo tudo. Que bom que o Anjinho tá vivo e que vc´s novatos tiveram a oportunidade de conhecê-lo! ;O****
Fiquei realmente tocada com tanta bondade q ainda resta no mundo!
A vida com esse trabalho de voces se torna "colorida",mais alegre!
Parabens pelo projeto e por estarem ajudando a essas crianças!
Bjus!E um beijo especial a Mia,por ser uma dessas pessoas tao maravilhosas!Valeu tanto esforço Mia,e continue sempre ajudando qdo possivel!
São pessoas como vocês que a medicina necessita tanto.Fico feliz que daqui a alguns anos teremos tratamento difernciado pela capacidade enorme de amar.Beijos e parabéns a todos, em especial a minha adorável sobrinha,Mia, que a cada dia me surpreende mais e mais.
Pessoal, está difícil escrever algo direito, alguma coisa que descreva a emoção de ler os relatos das visitas...
Acho que só queria dizer que tudo isso aí é compatível com a medicina, com os conhecimentos científicos tão desejados, com a nossa atividade do dia a dia. E como é necessário!
Vocês estã marcados para sempre por esse projeto, e por essas crianças... nunca deixem de ser adoráveis palhacinhos.
Emocionado, Almir.
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