Pessoal, fazendo back up dos meus arquivos, encontrei essa carta aqui e resolvi postar. Sei que tá melosa, e que estou revelando intimidades minhas desconcertantes, mas serve pra empolgar mais ainda nosso Projeto nessa sua arrancada para: DOMINAR O MUNDO... e antes disso, visitar mais que nunca no dia das crianças =0]
CARTA PARA A DUPLA BRUNO & MARRONE
Fortaleza, 18 de outubro de 2006.
Prezados artistas,
Meu nome é Daniel Magalhães Coutinho Mota, tenho 21 anos e estudo na Universidade Federal do Ceará, UFC, no curso de medicina aqui de Fortaleza. Apesar de ser um grande fã da dupla, abro mão de falar da minha admiração por vocês esperando alcançar um objetivo maior.
Faço parte de um projeto de extensão da faculdade chamado PROJETO Y, DE RISO, SORRISO E SAÚDE. Esse projeto é composto de alunos de medicina, enfermagem e psicologia que se vestem de palhaços para, utilizando toda a magia que essa figura traz, levar alegria e amenizar o sofrimento das crianças que se encontram internadas no Hospital Universitário Walter Cantídio, HUWC. Apesar de influenciados pelo projeto dos Doutores da Alegria, que atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, temos uma ferramenta a mais no ato de lidar com o ambiente hospitalar, pois temos um conhecimento mais técnico das situações com que nos deparamos, fazendo um verdadeiro papel de Doutores-palhaços. Enfim, o objetivo maior da nossa existência é preservar ou mesmo resgatar o espírito encantadoramente brincalhão que é inerente a toda criança.
Conhecendo nosso trabalho, convidaram-nos para uma apresentação especial no dia das crianças. Tratava-se de um caso mais delicado: eram cinco crianças que se encontravam internadas em um outro hospital, que não o que costumamos visitar, e que possuíam uma doença genética na qual a criança fica debilitada, ou mesmo impossibilitada de se mover, a maioria das vezes não fala e tem uma baixíssima expectativa de vida. Chegando lá, o primeiro choque foi o de que só estavam presentes quatro crianças, pois uma, infelizmente, tinha falecido. Mesmo incorporado no meu personagem, o Dr. CenÔra, o qual não costuma se afetar com os casos com que nos deparamos, esse dia foi muito chocante.
O objetivo principal dessa carta é falar de uma das crianças, o Charles, que foi o que aparentou maior debilidade. Não apresentou nenhum movimento no corpo e membros. A única manifestação dele era tremor da língua, comum nessa doença, e movimento dos olhos. Esses olhos resumiam sentimentos de uma forma inigualável que, mesmo que diversos poemas fossem escritos sobre o momento, e interpretações do mesmo nível das de vocês fossem feitas, ainda assim não sentíramos toda a vida que aqueles olhos mostravam presa naquele corpo imóvel. Uma das palhaças que estavam com ele perguntou, então, para a mãe do Charles de que música ele gostava, pois caso nós soubéssemos, tocaríamos. Foi então que ela disse que o garoto adorava vocês. Sabendo disso, a palhaça veio eufórica me chamar, pois sabia que eu sou admirador do trabalho de vocês. Foi então que eu comecei a tocar “Durmi na Praça” e “Ligação Urbana”. Isso foi o bastante para ele passar, através daqueles mesmos olhos, imensa alegria por estar ouvindo “Bruno e Marrone”. Mesmo que uma pessoa mais fria tentasse se convencer de que nada de especial ocorria naquele momento, o monitor cardíaco do menino impedia isso, pois ao tocar SUAS músicas, o aparelho acionou um alarme que chama a atenção de algum profissional presente, caso os batimentos cardíacos da pessoa monitorada aumentem de forma incomum. E foi exatamente isso que ocorreu. Também fiquei assustado na hora, mas nos informaram de que podíamos continuar, pois ele “apenas estava emocionado”. Emocionado como não observamos nem quando o garoto recebeu presentes de dia das crianças, nem quando fizemos “bichinhos” com bexigas de festa. Ele simplesmente agradeceu a música como sendo o melhor presente que recebera naquele dia.
Esperançoso, sonhei que poderia fazer esse relato chegar até suas mãos e então vocês julgariam o que era ou não possível de se fazer por mais um desses seus milhões de fãs. Na minha humilde condição, sonhei que vocês poderiam fazer uma visita surpresa a ele em sua estada aqui em Fortaleza. Eu só queria poder levar essa alegria para uma criança que, sem ter sequer vivido metade do que vivemos e ter enfrentado problemas muito piores do que qualquer um que nós sonhamos viver, ainda consegue passar tanta chama, tanta vontade de viver, tanto amor, para quem o observa. Enquanto isso, só peço que nos ajudem nas orações para que Deus faça o melhor por esse pequeno anjo. Estou enviando fotos dos palhaço e do Charles, e estou anotando meus contatos para que, caso seja possível, vocês se comuniquem comigo para combinar alguma coisa. Agradeço pela atenção.
De um fã, e esperançoso acadêmico.
Fortaleza, 18 de outubro de 2006.
Prezados artistas,
Meu nome é Daniel Magalhães Coutinho Mota, tenho 21 anos e estudo na Universidade Federal do Ceará, UFC, no curso de medicina aqui de Fortaleza. Apesar de ser um grande fã da dupla, abro mão de falar da minha admiração por vocês esperando alcançar um objetivo maior.
Faço parte de um projeto de extensão da faculdade chamado PROJETO Y, DE RISO, SORRISO E SAÚDE. Esse projeto é composto de alunos de medicina, enfermagem e psicologia que se vestem de palhaços para, utilizando toda a magia que essa figura traz, levar alegria e amenizar o sofrimento das crianças que se encontram internadas no Hospital Universitário Walter Cantídio, HUWC. Apesar de influenciados pelo projeto dos Doutores da Alegria, que atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, temos uma ferramenta a mais no ato de lidar com o ambiente hospitalar, pois temos um conhecimento mais técnico das situações com que nos deparamos, fazendo um verdadeiro papel de Doutores-palhaços. Enfim, o objetivo maior da nossa existência é preservar ou mesmo resgatar o espírito encantadoramente brincalhão que é inerente a toda criança.
Conhecendo nosso trabalho, convidaram-nos para uma apresentação especial no dia das crianças. Tratava-se de um caso mais delicado: eram cinco crianças que se encontravam internadas em um outro hospital, que não o que costumamos visitar, e que possuíam uma doença genética na qual a criança fica debilitada, ou mesmo impossibilitada de se mover, a maioria das vezes não fala e tem uma baixíssima expectativa de vida. Chegando lá, o primeiro choque foi o de que só estavam presentes quatro crianças, pois uma, infelizmente, tinha falecido. Mesmo incorporado no meu personagem, o Dr. CenÔra, o qual não costuma se afetar com os casos com que nos deparamos, esse dia foi muito chocante.
O objetivo principal dessa carta é falar de uma das crianças, o Charles, que foi o que aparentou maior debilidade. Não apresentou nenhum movimento no corpo e membros. A única manifestação dele era tremor da língua, comum nessa doença, e movimento dos olhos. Esses olhos resumiam sentimentos de uma forma inigualável que, mesmo que diversos poemas fossem escritos sobre o momento, e interpretações do mesmo nível das de vocês fossem feitas, ainda assim não sentíramos toda a vida que aqueles olhos mostravam presa naquele corpo imóvel. Uma das palhaças que estavam com ele perguntou, então, para a mãe do Charles de que música ele gostava, pois caso nós soubéssemos, tocaríamos. Foi então que ela disse que o garoto adorava vocês. Sabendo disso, a palhaça veio eufórica me chamar, pois sabia que eu sou admirador do trabalho de vocês. Foi então que eu comecei a tocar “Durmi na Praça” e “Ligação Urbana”. Isso foi o bastante para ele passar, através daqueles mesmos olhos, imensa alegria por estar ouvindo “Bruno e Marrone”. Mesmo que uma pessoa mais fria tentasse se convencer de que nada de especial ocorria naquele momento, o monitor cardíaco do menino impedia isso, pois ao tocar SUAS músicas, o aparelho acionou um alarme que chama a atenção de algum profissional presente, caso os batimentos cardíacos da pessoa monitorada aumentem de forma incomum. E foi exatamente isso que ocorreu. Também fiquei assustado na hora, mas nos informaram de que podíamos continuar, pois ele “apenas estava emocionado”. Emocionado como não observamos nem quando o garoto recebeu presentes de dia das crianças, nem quando fizemos “bichinhos” com bexigas de festa. Ele simplesmente agradeceu a música como sendo o melhor presente que recebera naquele dia.
Esperançoso, sonhei que poderia fazer esse relato chegar até suas mãos e então vocês julgariam o que era ou não possível de se fazer por mais um desses seus milhões de fãs. Na minha humilde condição, sonhei que vocês poderiam fazer uma visita surpresa a ele em sua estada aqui em Fortaleza. Eu só queria poder levar essa alegria para uma criança que, sem ter sequer vivido metade do que vivemos e ter enfrentado problemas muito piores do que qualquer um que nós sonhamos viver, ainda consegue passar tanta chama, tanta vontade de viver, tanto amor, para quem o observa. Enquanto isso, só peço que nos ajudem nas orações para que Deus faça o melhor por esse pequeno anjo. Estou enviando fotos dos palhaço e do Charles, e estou anotando meus contatos para que, caso seja possível, vocês se comuniquem comigo para combinar alguma coisa. Agradeço pela atenção.
De um fã, e esperançoso acadêmico.
Dr. CeÔra
4 comentários:
Oo danelzim ... me emocionei aqui lembrando daquele dia ... inesquecível! Espero q o Charles esteja bem nesse momento ... !
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caraca! que lindo Cenôryto!
ps.: dps a Tamps que é a peidona e sonhadora neh...;P
Vou nem mentir que tu deu asas a minha imaginação com essa carta...heheh..melhor nem falar...;***
O relato daquele dia não podia mesmo ficar confinado no nosso mundo...precisava ir o mais longe possivel...vlew peidão!
" (...)existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é amor." (coríntios 13)
PERFEITO..como o amor! Parabéns a todos do PROJETO Y de Riso, Sorriso e Saúdeb
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