domingo, 4 de outubro de 2009

Felyz Anyversário

Há pouco foi anyversário do Y - quatro anos. Com a reunião em grande festa dos novylhos, dos aspyras, dos vermys e dos antygos. Com direito a futebol de sabão e um banquete.

Não é demais repetir o que a humanidade deve ouvir do Y. Sim, a humanidade! Porque a nossa voz é eco de canções que se espalham no espaço. E eu não ouso dizer aqui que se restrinjam ao ar debaixo do azul. O que o Y aprendeu e tentou passar através de nossos corpos, plenos de alma, entre outros princípios (ainda a serem descobertos), são estes:

Do mágyco e do místyco. Sem querer fazer distinção vã do que seria um ou outro, o que importa é a vivência transcendente que ser palhaço nos traz. Os encontros entre as pessoas não se resumem a janelas abertas em um sinal fechado, mas são imersos numa rede de significados onde nossos corações balançam se quiserem balançar e descansam se souberem aproveitar o pêndulo que vai do outro ao um. Não é mágico porque quisemos dominar o Deus que propicia o encontro dos seres, mas porque procuramos viver na Sua divindade - é místico.

Do invysível. Engolidos por um mundo que nos devora pelos olhos, é sem eles que devemos encontrar o que nos falta. Queremos, a todo instante, dominar tudo e checar a lista de cada objeto que nos circunda, para que não nos surpreenda o novo, para que não nos atrapalhe o impre-visível. Mas é na abertura para o que não se pode ver que se encontra a expansão da vida que colore os vasos por onde seu sangue mais e mais consegue passar.

Da carydade. Ou de qualquer palavra que queira expressá-la. Depende da tradução chamá-la de caridade ou de amor. Do amor, pode ser... que não conseguimos sequer nos aproximar da definição, mas que todos colocam em suas mãos ao escrever qualquer coisa que pareça Y. É bonita a palavra caridade, porque pelo menos nos dá a idéia da cháris, da graça, tão cara a essa ação humana. Porque se é da justiça dar ao outro o que é dele, é da caridade dar ao outro o que é meu e encontrar no outro o divino, sem humilhação e cheio de humildade. Pois mais do que igualdade no mundo, aqui devemos cultivá-lo com o além, ultrapassando as regras da quitação das dívidas, para construir o primado da doação.

Da cryança, ou do ser-cryança, por fim. Que em um mundo mágico, nos enxergou na maquiagem e no nariz que nós propomos, nos aceitando na caridade de suas brincadeiras, em um jogo que fazia parecer o nosso tempo cheio de graça.

Parabéyns ao Y e a todos os seus integrantes que o re-cryam no seu re-creyo de todo dya.

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