quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As impressões dos bacuryns - parte 1

Resolvemos dar voz a um bando de porquinhos! Abrimos o blog pros Bacuryns, a mais nova geração do Y, abrirem seus coraçõezinhos e falarem todo tipo de besteira experiências que eles tenham a compartilhar sobre o Y na vida deles até agora! :o)

A idéia era postar todos os relatos juntos, pra todo mundo escrever sem estar previamente "influenciado" por nenhum outro relato.. Mas o Allan sugeriu ir postando aos poucos mesmo, pra cada relato ser devidamente saboreado..

Lá vai! :)


Juliana:


"O antes e O depois :o)

Expectativas? É, elas sempre existem...mas antes das capacytações elas ficavam meio que escondidinhas em algum cantinho...

Medo? Ele também tá sempre arrumando uma forma de nos acompanhar, mas antes das capacytações ele tava adormecido em algum lugar distante...

Digressões? Linhas de pensamentos super cortadas? Essas aí colam na sola no meu pé e me acompanham sempre e sempre... Mas tenho que confessar que nunca antes na história desse país elas tinham se mostrado tão gaiatas, apareciam o tempo todo, toda hora...mas juro que a culpa não era minha... era dela: da capacytação!

Caalma! Espero que quem esteja lendo isso aqui não nos entenda mal, né Roger? (desculpa tá te citando aqui, mas é pq aquele pensamento que tu conseguiu concluir em uma das últimas capacytações traduziu bem o que eu tava pensando e não conseguia falar)...

Roger diz:

“Antes de entender (ou desentender) todo esse universo de magia em que vive o palhaço, antes de passar por toda essa preparação e conhecimento, antes, tudo parecia ser assim tão mais fácil, tão mais simples...”

TAN- DAM

Daí, vocês concluem a cara que fez o nosso grande amigo Allan =O

Mas calmaa de novo =P

Não é que a gente queira dizer que a capacytação confunde tudo que ainda não tinha sido confundido antes na sua cabeça, não, não é bem assim... ou é? É, eu acho que é um pouquinho assim sim, mas só um pouquinho... drouga... as palavras, meus pensamentos, eles não são meus amigos,tenho certeza... eles nunca me ajudam... Mas vocês entenderam o que eu quis dizer, entenderam, NÉ?

Respeitar os limites, saber lidar com as pressões (..e será que eu vou saber fazer uma criança sorrir? E se ela não sorrir? E se ela não quiser minha presença? E se ela não me der a menor pelota? Socorroooo... lá na hora, a gente pode chamar por ele? Pode né? )

O Desafio

Do novo

De novo

Zilhões de sentimentos se misturando, tudo juntinho, tudo ao mesmo tempo! :o)

Esse liquidificador de emoções foi um pedacinho do que essa nova geração viveu durante as 40 horas de capacytações...

E no final, fica sempre aquela pergunta que não quer calar:

“Será que esse novo grupo, tão verdinho (cheeeio de esperança), ou melhor tão bacurynho, vai conseguir?”

Essa pergunta, infelizmente, não pode ser respondida agora...

Por isso a gente vai atrás do aqui, vive o hoje, pra chegar ...

Tendo o horizonte como expectador...

Termino com o ponto.

E com a piscina."











Joana:

Passei no projeto mais bonito da faculdade. Quer dizer, mais lyndo! Na primeira fase, olha só o que foi dito:

“É inspirador ver que tantas pessoas admiram e apoiam a nossa causa. Saber que podemos dividir nossa filosofia com tantas pessoas nos motiva a continuar lutando por um sistema de saúde mais humanizado, no qual pacientes não são apenas pacientes, mas pessoas com toda uma história escrita em cada uma de suas vidas. Para nós, Ypsilonianos, essa filosofia é a nossa realidade. No mundo do Y tudo é possível, desde que você possa sonhar. Uma seringa pode ser um foguete, uma bolha pode ser um chiclete, um estetoscópio pode ser um rádio e o sorriso pode ser a cura.”

Agora me diz: como não se apayxonar? Mas ainda faltava a segunda fase. Manhã de um domingo complicado, transformado em riso e sorriso num misto de angústia, ansiedade e puro encantamento. Encantamento pela família que é o Y, pelo enorme coração dessas pessoas, até então meros desconhecidos lyndos.

"It's the state of blYss you think you're dreaming
It's the happYness inside that you're feeling
It's so beautYful it makes you wanna cry."

(Kaká lynda na sua cartinha)

Então veio a espera pelo resultado, a espera pelo meu narYz! E ele chegou, depois de muito aperto no coração, de muita ansiedade! E relembrei o momento em que passei no vestibular! Momentos mágicos que vão ficar pra sempre guardadinhos aqui ó, no meu Y. Lendo as cartinhas de vocês com mais atenção do que da primeira vez (é, eu tentei ler antes de passar direto pro resultado), fiquei muito feliz ao perceber que nós, de alguma forma, reavivamos em vocês o amor por tudo que o Y representa.

Primeira reunyão cheia de abraços apertados e carinho, e Y. Conheci a salinha, vi velhynhos deixando, com muito pesar, esse projeto maravilhoso e aquilo reforçou o que eu já pensava, e que devo ter citado na minha entrevista. O Y vicia! Depois que você conhece, prova, é sem volta, irremediável... Reunyão de Planejamento na praia, e eu muito tímida, meio dodói. Mas acho que é aquela timidez que me dá quando quero agradar. ‘Quem é o palhaço?’ haha Quero tanto que vocês gostem de mim, porque já sou apayxonada por cada um! Todos lyndos!

E então era hora do naryz ficar mais e mais e mais vermelho de verdade. Capacytações com o famigerado Sr. Cão ups! Allan! J

Capacytações, como descrevê-las? Deixa pro Allan: Muita gente olha pra genty torto porque nós nos entregamos em um aqui sem saída. A falta de saída de uns pequenos braços desesperados por felicidade (porque não dá mais pra esperar – é tédio). Todo o estudo que nos circunda aqui e aco-lá vê nesse obra aquy um perder tempo. Esse tempo que não tem fim para ali e para lá. Todas aquelas pessoas andando o tempo todo sem saber onde chegar, porque cada nova conquista transfere o horizonte para lá aco-lá. E parar para ver aqui o agora que está aqui é difícil nesse olhar que se perde no infinito além.” Allan Denizard

Só faltou mesmo falar do ponto, e da piscina. Ah, e do famoso ‘senso-comum’. O fato é que nas primeiras capacytações, penamos muito pra ultrapassar o obstáculo ‘corda’ e o obstáculo ‘entender o Allan’ hahaha. Brincadeiriiinha (mas foi sério viu? :P). Foi nessa fase que questionamos quase tudo, de forma que eu pude concluir que somos nós os grandes responsáveis por isso aqui que chamamos de vida; e tudo que dela faz parte é importante. Inclusive o medo. Principalmente(?) o medo. A discussão sobre o horizonte, sobre como lidar com ele, mexeu mesmo comigo. Tê-lo como espectador é uma grande meta para mim, agora.

“Há um rosto hospitalizado que quer a lógica esperada da cura. Ele se deixou hospitalizar. Interessante ele se deixar! Há um rosto hospitalizado que quer desesperado uma graça sempre ilógica, do sopro de vida (não de cura), dos ares lá de fora (de fora do balão), no palhaço que ele recebe, se ele deixar. Interessante ele deixar!” Allan Denizard

Na sexta capacytação, salvo engano, foi-nos apresentado o Augusto e o Branco, tivemos que manifestar todo o nosso corpo, tivemos que dosar bem a intensidade de demonstrações de fúria, tristeza, dentre outras. Ansiedade pra fazer certo. Vontade de avermelhar o naryz. E, através do ‘Fantástico Mundo de Bob’, finalmente, por que ele não cai? Porque ele está na jogo, está na dança, porque ele tem ritmo. Palavrinha difícil de sair, talvez por estar assim já tão entranhada em todos nós. Né? Não? Ah, diz que éé! :D

Na sétima, assistimos ao filme todo lyndo dos ‘Doutores da Alegria’ por mais ou menos uma hora, quando a Naty disse: “quer dizer então que o filme acabooou?!” heauhauhe Quem é o palhaço? Aham, claro. J Foi necessário, precisávamos correr pra dar tempo! E eu já sabia que não ia dar! :/ Mas então tivemos uma conversa super franca, aberta, limpa, linda? Falamos do medo.. de não ser aceitos, de não ver sorrisos em rostinhos que não queriam sorrir e, principalmente, em rostinhos que queriam.

“Quando você está na sociedade regrada, você cresce aprendendo a se comportar como a sociedade preconiza que seja, e quem ousar ser acima da lei, será severamente submetido a ela. O palhaço desliza sobre essa moral que nos disciplina. Mas, tem alguma coisa me dizendo que ele faz parte da potência que a própria sociedade tem de se ultrapassar a si mesmo. É assim que ela o aceita, suporta as vezes, mas aceita. Não pode se ultrapassar sempre, isso é perigoso.” Allan Denizard

Depois do reconfortante blá,blá,blá, fomos brincar! De imagem&ação, com a ilustre participação do bumbs (acho tão lindo esse apelido!). Depois, mais brincadeiras.. acho que eram sérias, essas.. quer dizer, a idéia era levar bem a sério! hehe Não, mas a gente levou! Se entregar de corpo inteiro àquilo que nos era dito, atuar com toda a realidade que pudéssemos! E teve gente na lama, no gelo, no deserto. Cada um do seu jeitinho, transformando tudo em flores, mesmo quando a orelha caía no chão!

No oitavo dia, conversamos muito! Sobre tudo que aconteceu na capacytação passada (Allan curiosão!), sobre amor, sobre a corda, sobre o medo, sobre o ritmo, sobre a relação... “Amar esse momento presente, essa brincadeira amoral, cada pequeno gesto, e não desistir de conquistar, já não mais a pátria, mas você, para que minha vida, pelo menos um pouco, tenha algum sentido. O sentido que me faz enxergar vesgo, ver dobrado, porque repousa em você.” Allan Denizard

Então veio a nona capacytação. Difícil dizer qual a melhor, mas essa, sem dúvidas, me marcou muito! Depois de alguma conversa e andares randomizados, fomos formalmente apresentados ao narYz. “Agora é só você e eu.” Não sabíamos o que fazer com aquilo, com aquela responsabilidade! Como assim, e se você naryz nem for assim tão com a cara do ‘eu’? E se não der certo? Devo sentir um click? Vou morfar? HAHAHA Coloquei o narYz, e de tão ansiosa que estava, ele não se mostrou pra mim. Então tentei vê-lo nas outras pessoas, quem sabe suas pupilas refletissem o que eu queria ver. Olhares ansiosos, com sorrisos esperançosos, será que tanto quanto o meu? Contrariada, deixei um pouco pra lá. Não queria atrasar o encontro dos outros bacuryns com os seus naryzes. Allan diz novamente, quase se descabelando, querendo dizer mais... Dizendo. “Agora é só VOCÊ e EU.” Então houve um click. Um espelho, escondido nas profundezas da minha bolsa-que-tudo-cabe. Um espelho e mais uma chance de vê-lo, ver-me, vê-nos. Fiz a fusão novamente. E nos olhamos no espelho. Ele e eu. E foi como mágica. Eu não morfei, mas minha pupila sim. E aquele pensamento que cruzou a minha mente vai ficar guardado aqui, pra sempre. É por causa dele que sou hoje estudante de medicina, é por causa dele que nunca esqueço esse foco que tenho na minha vida, que até pouco tempo não sabia o nome, agora já sei.. é Y.

P.s.1: Não posso esquecer da 10ª capacytação, com a Loh fofaa que dói! Muito obrigada, sua linda!

P.s.2: Perdoem pelo tanto que eu citei o Allan. Mas os relatos dele foram muito importantes para a minha capacytação no geral. Obrigada, de verdade, Sr. Cãocerola! :D

P.s.3: E, por último, muito obrigada, famylia lynda que me acolheu tão bem!"

6 comentários:

Joana disse...

ei ei ei
só pra corrigir um errinho! não foi a Naty que disse: “quer dizer então que o filme acabooou?!”
foi a Paty! :D

kaká disse...

e de novo, novamente, mais uma vez: a famylia tá crescendo no número e no amor. que relatos mais lyndos.. ;~~~~~}
completando: "I found a place so safe, not a single tear
The first time in my life and now it's so clear
Feel calm I belong, I'm so happy here
It's so strong and now I let myself be sincere
I wouldn't change a thing about it
This is the best feeling"

(o:

nat disse...

vixe! esqueci de corrigir o erro, joana! foi mal!


relatos lindos. :)

Anônimo disse...

Pode chorar, produção? ^^
RebYs.

Allan Denizard disse...

"O Desafio

"Do novo

"De novo

"Zilhões de sentimentos se misturando, tudo juntinho, tudo ao mesmo tempo! :o)" Juliana

“Coloquei o narYz, e de tão ansiosa que estava, ele não se mostrou pra mim. Então tentei vê-lo nas outras pessoas, quem sabe suas pupilas refletissem o que eu queria ver” Joana

Allan Denizard disse...

Que bom, que muito bom, ouvir vocÊs! Não porque eu me ouço, ou mesmo porque eu me ouço ainda mais, e me reforço no brilho dos olhos, das pupilas, de vocês! Não é uma vaidade tola, é uma identidade boa, muito boa! Eu e Vocês.