domingo, 27 de outubro de 2013

Doutor Palhaço!

No último domyngo (20/10/2013) o Jornal O Povo fez uma reportagem sobre o nosso Oryentador Artístyco, Allan Denizard.
Vale a pena conferir, fala um pouco sobre como surgiu o Projeto Y e até como é a sensação de quem vysyta!

Pra quem tiver interesse em ler a reportagem completa da Raphaelle Batista, é só clicar aqui: Doutor Palhaço! :O)

 FOTO DE DEIVYSON TEIXEIRA


domingo, 29 de setembro de 2013

Yndicações de Leitura!

Quando li a sinopse desse livro, não pensei duas vezes e saí a sua procura. São cartas, e-mails, relatos de uma mãe, que há dois meses de ver seu Cisco brotar para o mundo, perde seu companheiro. As palavras saem de um coração tomado por sentimentos puros e paradoxais. A perda veio acompanhada pela graça da vida.
"Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
A poesia de Camões retrata incrivelmente a sensação sublime das páginas. Não tive como conter as lágrimas em vários momentos.

Deixo aqui um trechinho que achei a cara do nosso Projeto. Lembrei muito das capacitações em que filosofamos sobre o encontro, o estar inteiro, a construção, os sins (e os nãos).

Espero que gostem,
Belle.

Para quem quiser um pouquinho mais:
 Título: para Francisco,
 Autora: Cristiana Guerra
 Editora: Arx/Saraiva Ano: 2008

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ESCLARECIMENTO Y por um dya





Pelas provas analisadas, pode-se ver que o processo seletivo foi devidamente feito segundo os preceitos éticos do projeto seguindo o que estava no edital, aos sorteados, PARABÉNS *-* e aos que não foram sorteados não foi dessa vez, porém não desistam que outros virão e a sorte está lançada :o)
Atenciosamente, Comissão do YPUD.

sábado, 21 de setembro de 2013

Resultado Y por um dya

Gente chegou a tão esperada hora de saber quem foi selecionado para o “Y por um dya”. Nessa edição, como já havíamos explicado, mudamos o método de seleção. Então, só para reforçar: caso houvesse excedido o número de inscritos com o número de vagas, nós iríamos escolher através de sorteio. E mais uma vez foi um sucesso o número de inscritos. Nós estamos muito felizes, pois isso mostra o reconhecimento do nosso projeto dentro da universidade e também mostra o despertar de um nariz vermelho, uma vontade de transmitir amor, de fazer a diferença em muitas pessoas. Cultivem isso! Mas infelizmente não dá pra gente abarcar todos e ficou por conta da sorte. Não queremos ver ninguém triste, por favor, não desistam dos seus desejos, e sempre haverá outras oportunidades. E quem foi sorteado PARABÉNS! Aproveitem a oportunidade e preparem-se para se apaixonar! As datas da capacitação já estão determinadas logo abaixo, qualquer dúvida nos procure. Estamos esperando ansiosamente por todos.
Comprymydos forte em todos. :o)













Selecionados:
Medicina:
        Livia Rocha de Miranda Pinto – S7
        Hermano Pontes de Castro – S7
        Lia Moreira Pinto Cunha – S7
        Ingrid Kellen Sousa Frederico – S8
        Bianca Lopes Cunha – S4
        Sérgio Luiz Arruda Parente Filho – S4
        Isabele Dantas Rosa – S4
        Amanda Gomes de Oliveira – S2

Enfermagem:
       Rita Andréa Pereira de Oliveira – S7
        Caren Nádia Soares de Sousa – S9
        Silvia Cristina Vieira Gurgel – S4
        Lauro Inácio de Moura Neto – S3
        Camila Santos Reis – S1
        Ingrid Isabel de Costa Nunes – S2
        José Athayde Vasconcelos Morais – S4

Fisioterapia:
Juliana Rayna Cavalcante Santos – S2
Gleiciane Aguiar Brito – S2
Melícia Oliveira Magalhães – S6
Ludmila Silva Torres – S6
Daniela Oliveira de Sousa Guimarães – S2
Isla Germano da Costa – S4
Antonio Lucas Oliveira Gois – S2

Psicologia:
        Eloisa Fernandes – S7
        Francisco Diego Rabelo da Ponte – S7
        Romulo Amâncio Bastos Oliveira – S7
        Juliana de Brito Cysne – S7
        Marcela Prata Oliveira – S1
        Mayara Kamille Lopes Azevedo – S2
        Thais Dias de Araújo – S1

Odontologia:
Melca Soares Peixoto – S8
Francisco César Monteiro Chaves Filho – S7
Flávia Jucá Alencar e Silva – S8
Gisele Crisóstomo de Quental - S4
Carolina Girão Oliveira Abdala - S4
Bárbara Lorena Torres Queiroz - S1
Débora Vilela Rocha - S4

Profissionais:
       Débora Moreira Lima
Elivânia Silveira de Brito
Bruno Bezerra Lima



1º dia de capacytação: 27/09/13
       Ingrid Kellen Sousa Frederico – S8
         Bianca Lopes Cunha – S4
         Sérgio Luiz Arruda Parente Filho – S4
         José Athayde Vasconcelos Morais – S4
       Silvia Cristina Vieira Gurgel – S4
         Melícia Oliveira Magalhães – S6
         Ludmila Silva Torres – S6
         Eloisa Fernandes – S7
         Francisco Diego Rabelo da Ponte – S7
         Melca Soares Peixoto – S8
         Flávia Jucá Alencar e Silva – S8
         Débora Moreira Lima
         Bruno Bezerra Lima

2º dia de capacytação: 04/10/13
Livia Rocha de Miranda Pinto – S7
Isabele Dantas Rosa – S4
Amanda Gomes de Oliveira – S2
Rita Andréa Pereira de Oliveira – S7
Caren Nádia Soares de Sousa – S9
Daniela Oliveira de Sousa Guimarães – S2
Isla Germano da Costa – S4
Antonio Lucas Oliveira Gois – S2
Romulo Amâncio Bastos Oliveira – S7
Juliana de Brito Cysne – S7
Francisco César Monteiro Chaves Filho – S7
Bárbara Lorena Torres Queiroz - S1
Débora Vilela Rocha - S4
Elivânia Silveira de Brito

3º dia de capacytação: 11/10/13
       Lia Moreira Pinto Cunha – S7
         Hermano Pontes de Castro – S7
       Lauro Inácio de Moura Neto – S3
         Camila Santos Reis – S1
         Ingrid Isabel de Costa Nunes – S2
         Juliana Rayna Cavalcante Santos – S2
         Gleicinae Aguiar Brito – S2
         Marcela Prata Oliveira – S1
         Mayara Kamille Lopes Azevedo – S2
         Thais Dias de Araújo – S1
         Gisele Crisóstomo de Quental – S4
         Carolina Girão Oliveira Abdala – S4

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Entrevysta na Rádio Dom Bosco


No ultimo domingo (15/09/2013) participamos de uma entrevista na Rádio Dom Bosco no programa Rádio Criança. 

Foram entrevistados Dr. Allan Denizard, fundador do projeto e Karine Aderaldo, integrante e atual presidente do Projeto. Tudo que rolou na entrevista você confere no link abaixo. Aaaa, adivinhem quem eram os entrevistadores?

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Primeira Vysyta!

Tudo mudou depois que eu senti o sabor... siiiim, sabor o qual nunca havia sentido, meio indescritível (não quero parecer clichê), sei que me trouxe sensações e sentimentos benignos. Sabe quando se come seu chocolate preferido? Tipo isso, mas melhor, bem melhor! E os responsáveis por essas sensações são serezinhos pequeninos, não são anões, nem duendes, eles possuem um olhar inebriante, embriagante, estonteante. O sorriso? Aaaa o sorriso então, apaixonante! Que fez com que as borboletas adormecidas no meu estômago acordassem e ficassem inquietas. E me senti importante também, me senti útil e potente. Parece até que encontrei a cura para as minhas “dores”, encontrei o analgésico perfeito, a anestesia dos sonhos, a terapia que em uma única sessão levou embora todo o meu medo e insegurança. Digo até que um dos efeitos colaterais é a dependência. Mas como assim? Não era pra ser o contrário? Não era para todo esse bem-estar ser pra quem está mais vulnerável e sensível naquele momento? Não sei, não sei se todo aquele arrepio e formigamento foi recíproco, o que sei é que de alguma forma eu pude tornar aquele dya mais agradável, ameno e não consigo mais me ver sem ver toda aquela magya e alegrya. Agora consigo entender o porquê de uma vez Y, sempre Y.


Dra Sereya (eu acho) ou talvez Dra. Augustyna, mas quem sabe Dra. Soneca, ou até mesmo Dra. Amnésya
; o)



Iara Becco

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Primeira Vysyta!



1, 2, 3, 4 despertadores... Todos com frases motivadoras: “ÓIA AS QUIANÇA!”, “ACORDA, PALHAÇO!”, dentre outras. Levantei de um salto, não dei bom dia pra ninguém em casa, pulei no chuveiro e fiquei imitando vozes e ensaiando caretas e repassando mentalmente todas as reflexões poéticas que me haviam sido ensinadas nas capacitações. Organizei minha mochila com a minha roupa de palhaço e dobrei cuidadosamente meu jaleco no braço, tomei um café-da-manhã reforçado e foi aí que o nervosismo me assaltou, “o encontro já havia começado?”, foi um assalto a mão armada mesmo, com direito a estômago revirado, fraqueza nas pernas e uma vontade de desistir e me esconder embaixo das cobertas, me abrigar na segurança da minha cama, mas já era tarde, eu tinha combinado tudo, não podia dar pra trás agora. 
Entrei no carro e coloquei o fone de ouvido no volume máximo e deixei Los Hermanos ocupar cada minúsculo pedacinho da minha mente. Meu pai tagarelava palavras de incentivo, tenho certeza, mas ao tentar fazer leitura labial meu cérebro me traíu e tudo que eu lia eram os versos do Marcelo Camelo, pedi desculpas mentalmente ao meu pai e continuei no meu privado ritual de controle de ansiedade. Ele parou o carro e eu desci, escutei seu emocionado e nervoso “Boa sorte, princesa!”, observei o carro se afastar e então entrei no prédio. “Prédio errado, moça, procure a assistente social.”, foi a primeira coisa que eu ouvi, pronto, a ansiedade me abraçou por completo e deu até um puxão de cabelo em mim só pra implicar. Entrei temerosa na sala da assistente social e falei com um fio de voz: “É o projeto dos palhaços, moça.” E, apesar de nervosa, eu sorri, eu era palhaça e aquilo me deu uma tímida confiança. 
A assistente social me indicou o caminho e fui, ainda um pouco perdida, seguindo a linhazinha amarela no chão que servia de indicação até chegar à Cidade da Criança, o local aonde eu iria me arrumar, chegando lá me arrumei com os outros palhaços. Vesti a roupa enfeitada, o jaleco e pra mim nada mudou, comecei então a minha maquiagem. Não fazia a mínima idéia do que fazer, então resolvi obedecer ao Marcelo Camelo e fiz como o vento, fui fazendo a maquiagem como vinha, sem pensar, rindo com os meus amigos, sem me preocupar e de repente olhei-me no espelho e lá estava ela, Dra. Kakau, mas faltava algo, que era? A bolinha vermelha!! Botei o nariz. Mudei, não sei aonde, não sei como, não sei por quê, mas finalmente a Dra. Kakau conseguia respirar. Não forcei uma voz, não forcei um andar, um jeito de falar ou um jeito de pensar, eu me entreguei a uma personalidade extra que eu tinha escondida no bolso. 
E lá fomos, fazendo hora com o moço sério do corredor, fazendo hora com o moço engraçado da cantina, com o segurança ocupado, com a enfermeira sorridente. Chegamos, finalmente, na enfermaria e fui sem pensar, não parei pra raciocinar se eu podia me jogar no chão, eu me joguei. A menininha corria, eu corri. O menino jogou a pelúcia em mim, fingi ser atacada por um tigre gigantesco e aterrorizante. Não tentei ser palhaça, só de querer ser, eu já era. Mas aí o chefinho ligou, a gente até tentou enrolar, fingi que era malcriada, ignorar o chefinho, mas a vysyta tava pra acabar, não queria que acabasse, mas quando tirei o nariz, foi como tirar uma armadura, a sede me assaltou, o cansaço me invadiu, escutei meu telefone tocar, tinha que me apressar, tirar a maquiagem, trocar de roupa. Bora, bora, galera, 3 minutos!! Cadê o bebedouro? Alguém tem lencinho umedecido? Moça, tem banheiro?  Tô indo, mãe! 
Entrei no carro e parei pra pensar, pensar como eu mesma como já não fazia há horas. Passei alguns segundos para verdadeiramente escutar a pergunta que me tinha sido feita. “E aí, filha? Como foi?” Como foi, pai? Foi melhor do que ir à praia, foi melhor do que tirar um 10 naquela prova difícil, foi como escutar um obrigado silencioso por aquilo que você fez quase que pensando só em si mesmo. Foi como escutar uma risada gostosa depois de uma piada sem graça, como tomar banho no final de um dia corrido, foi como escutar a chuva batendo na janela e abrir um sorriso bobo pra ninguém em particular, foi o abraço gostoso que você dá naquele amigo que você não vê faz tempo. 
Eu agradeci mentalmente por aquela chance de diminuir, mesmo que por uma fração de segundo, aquele peso tão grande que aquelas pessoinhas carregavam, que a moça da cantina carregava, que aquela mãe aflita carregava e que aquela enfermeira irritada carregava também. Agradeci por aquele sorriso puro e sincero do menininho no quarto do final do corredor. Eu era palhaça e mal podia esperar pra ser palhaça de novo. 
Como foi, pai? Eu te digo, foi perfeito. :O)


Dra. Kakau (Mariana Bierrrrrrrmann)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

RELATO DA PRYMEYRA VISITA!

Cheguei ao Albert Sabin com um misto de ansiedade e nervosismo, mais ansiedade. Começo a ficar com sede e a olhar pra todas as entradas pra ver se não chega mais ninguém. Pertubei a moça da recepção umas 4 vezes.. ela não olhava mais pra mim quando ia responder alguma coisa. Até que ela falou: tu num quer ir logo pra Cidade da Criança não em? E eu: tá, por onde é? J
Aí fui, seguindo a listra amarela, olhando pras janelas e pra pessoas que passavam.. já ia imaginando como taria aquilo daqui uma hora.
Pra onde você vai? Pra Cidade da Criança, sou daquele projeto da UFC.. palhaços.. cura através do riso.. Ah sim, sim, pode ir seguindo aí. Lindo trabalho o de vocês! Brigado!
Cheguei, sentei, logo vejo Mari Bierrrrrrrman. Vamo logo se arrumar né? Por mim. Começamos a tirar a roupa, a tirar as roupas da mochila, tá? Calma. E aí foi só emoção. Macacão, blusa, meião, crocs, jaleco e por fim, chegaram com a maquiagem.
Quase todo mundo já tinha chegado.
Todo mundo se arrumando.
Um olhando pro outro.
Passa o tempo, passa o tempo, todo mundo arrumado?! Narizes?!
Saímos pelos corredores. A cada janela uma pizza era pedida. Uma meia Calabreza/meia de lã! Continuamos. Presenciei o primeiro carão do dia. Aqui é um hospital viu? Vocês num sabiam não? Ignorei e continuei a procura do elevador. 
Achamos! Não sei como coube todo mundo naquele elevador, mas coube! Chegamos ao quarto andar. É agora? É! Segui no corredor e logo vi os primeiros leitos. Fiquei naquela de ir, não ir. Parei um dois segundos e joguei minha cara no vidro. Vi três crianças, três garotos. Entrei!
Foi muito bom! Foi tipo um transe! Não lembro direito do que eu fiz em cada sala.. até lembro, mas pra mim, se eu contar, perde um pouco do real valor da coisa, tem que tá lá pra ver mesmo!
Uma coisa muito boa que a Babi me falou depois foi que uma mãe chamou ela e falou que o filho não ria nem falava há muito tempo, e comigo ela riu e falou. Quando eu ouvi, eu fiquei.. caraca?! Que nariz poderoso é esse? Que esfera é essa que a gente leva e traz consigo? Somos todos super heróis? Porque, modéstia a parte, foi assim que eu me senti naquela manhã de sábado.
Eu realmente gostei muito, e foi, sei lá, 40, 57, 286,99823 vezes mais do que aquilo que eu tava esperando. Brigado a todos os Doutores que tavam lá comigo! Todos! E brigado crianças, pequenas grandes sábias!

Beto e
Dr. Chico Tetéu


domingo, 8 de setembro de 2013

Primeira Vysyta



Ai ai ai, nem imagino como vai fluir a alegria desse primeiro encontro, mas que tenha a sintonia inspirada na alegria alheia e do coração que aqui palpita. Muito difícil tentar descrever essa alegria que me empolga o peito e destrava minha voz, quando antes era um garoto apenas assistindo com receio de tudo e um pouco mais de tudo, vendo aqueles doutores dando tudo de si para a tentativa, muitas vezes, satisfatória e surpreendente, sim, talvez eu fosse só uma sombra que ainda ia ser refletida nos outros encontros, mas naquele momento era uma visão diferente.
Antes era apenas rir junto com aqueles que estavam angustiados, aqueles que não queriam estar ali naquele momento, na esperança de uma saída para toda aquela aflição, mas de alguma forma, aqueles seres pintados conseguiam trazer por alguns instantes aquela leveza que trazia até o esquecimento do que está ali rodeado por eles, tantos objetos assustadores, que tiram e fazem dor, mas nada melhor do que aquele “objeto”, talvez inerte até então,  mas que sai de dentro como um pensamento que se concretiza em sentidos não imaginados.
Divertida transição essa de espectador para atuante da ação do riso, esse alivio que provoca uma mudança da realidade que tenta se prender a desgraças fúteis, as quais tentamos aprender com elas. Ahh, essas diferenças que atormentam os desníveis da ignorância, que sem perceberem são levados por uma simples ação, um sorriso, o próprio silencio aflito, uma onomatopeia intrigante, que até sem sentido conseguem provocar uma levitação tão batalhada por esses Doutores do Y.
Engraçado passar por essa mudança, porque quando vimos os Doutores da Alegria, com todo aquele encanto envolvente e cativante, saberíamos que seria bem semelhante, mas nada se compara a ser o tal ser que está impulsionando esse sentimento cativo. Passar por essa experiência e ver diante de seus olhos o que estava ali sendo doado de graça. Muito entusiasmante ver que quando me vesti de Dr. Serelepe tudo pareceu tão leve, o ambiente criou uma nova cor, e todos aqueles outros Doutores se arrumando... E parecia que tudo estava se encaixando, mesmo que com suas particularidades.
Uma primeira experiência magnífica... O medo do sozinho, o medo do silencio já não habitavam mais em mim, fui entregue a alma do que estava externo. Como descrever o poder daquelas bolhas de sabão? Elas entorpecem o ato e acabam liberando átomos do palhaço que se entrega tão facilmente aquilo tudo, que se doa sem medo de se cortar com a realidade dos jogos que lhes é apresentado. Por um momento, paro para analisar e percebo que tudo aquilo que nos foi ofertado durante as capacitações começam a fazer todo o sentido quando você está se preparando para o tão esperado encontro, aquele primeiro encontro! O qual você se veste de ansiedade e cria mil expectativas, tenta planejar os mínimos detalhes, mas quando se está vivenciando aquele momento único, tudo transborda sem conexão!
Por vezes, acaba fazendo sentido, e acaba saindo do seu controle, mas é algo tão encantador, tão entorpecente, que nada mais importa, só aquele momento, cada passo parece não ser só mais um passo, cada toque parece não ser sentido apenas pelo tato, o olho grita, a boca se esmaga de tanta fluidez, como se níveis da iniciação tivessem sido pulados para outra fantasia, um mundo a qual só temos noção que ele existe, mas que não está sensível suficiente para nos adequarmos a o que está diante dos nossos olhos.
Teve aquela tensão natural, é claro, principalmente, quando você está visitando com veteranos que te inspiram, Dra. Amora, Dr. Cafuçu, Dra. Nina e Dr. Caldynho, estes dois últimos tive menos contato durante o processo, mas o pouco que tive, pude ver o quão feliz é o brilho que sai de seus atos, sorrisos e percepções. Dra. Amora e Dr. Cafuçu, conseguiram me mostrar, indiretamente, a imensidão do não seguir o ato, de se desmontar em sua magnitude, na beleza de se entregar! Em todos os encontros teve algo de especial!
Teve um singelo momento que poderei guardar nesse coração que aqui pulsa de emoção: Uma mãezinha me puxou até a observação, a qual foi intenso! Lá pude desfrutar de outro ambiente que se enriqueceu na medida do possível, quando Dr. Serelepe, Dra. Amora e Dr. Cafuçu lá entraram, nada mais importava, se era tarde ou não, se o tal do “Chefe” havia nos chamado! Porque quando a enfermeira abriu aquela cortina da UTI, e com simples bolhas de sabão e acenos moderados aquele bebe, tão frágil encheu seus olhinhos de pureza, uma mansidão tão encantadora, levantou aquele bracinho com toda dificuldade e pode dá um tchauzinho para aqueles doutores do Y, que foi um ato tão caridoso, parecia que naquele momento tudo fez o sentido da vida, que não importa a circunstancia, se o seu coração se entrega a leveza, nada mais importa!
Parece que aquela frase: amor se escreve com Y, é puríssima verdade!
E aqui pude entregar mais um pouco do que me agradou a alma.
Elias de Brito (Dr. Serelepe) :o)