A faculdade vai apertando o cerco. Antes fosse apenas ela. Mas não o é. E nem esse apenas é pequeno. Ele vem dotado de muita responsabilidade, certas obrigações que o improviso não é o carro-chefe (sim, eu tentei)...
E por tantas e outras fazia tempo que não visitava. Quase um mês que não respirava.
Viver maquinalmente, diante de uma contemplação disso é triste, revoltante.
É, eu precisava dar um jeito nisso.
Ainda bem que eu sabia dar esse jeito.
Muni-me de pessoas maravilhosas, botei o melhor batom (uma mistura louca de vermelho com roxo) e finalmente coloquei "a menor máscara do mundo" e - RESPIREI!
Inspirei bem forte para armazenar todo aquele momento de alívio, aquele ar puro que o nariz proporciona. Meus sentidos se anisestesiaram: meus olhos ouviram, meus ouvidos sorriram, minha boca então só palpitava de emoção.
Caramba, como é bom voltar para o mesmo que nunca foi o mesmo. Verifiquei algumas vezes até se o mesmo encontrava-se naquele lugar. Eu mesma, que andava fugindo do mesmo, caminhei pra pediatria. Mas cá pra nós, sabemos que nem aquelas paredes de um dia pro outro são as mesmas.
Aqueles olhos não eram os mesmos, nem o brilho, nem as brincadeiras, as quais incrivelmente estavam G-E-N-I-A-I-S! Mais que geniais! Estavam interligadas, interconectadas, entrelaçadas; irmãs siamesas. Contudo eram quatro irmãos. Da irmã mais velha a mais nova; dos do meio fazendo mungangos e estripulias. Da doce alegria do encontro, das gostosas dores "deviadas" que surgiam de tanto rir, do trismo positivo naquelas mandíbulas, rindo copiosamente a cada andar.
O tempo foi útil, esticado, valorizado. Sair dali, aparentemente, era deixar de respirar. Mas ainda bem que percebi a tempo que estar ali era a oportunidade que tinha para exalar e inalar mais, fazer uma mala e carregar nas costas certos momentos como esse para viver plena, leve; e enfim recarregar as energias para enfrentar o que vem pela frente.
- Cristalina, cristal ou só crista
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