sexta-feira, 3 de julho de 2015

Milagre

   Não queria tá escrevendo como foi ontem pra mim, mas é que acho que fosse mandar áudio ia ser bem mais fácil. Por isso, cá estou, escrevendo como eu não queria tá escrevendo, médio com preguiça. EU JÁ PEGUEI ESSE NEGÓCIO DE “MÉDIO” TAMBÉM??? Merda... Tudo por causa de linguagem. Tudo por causa de um corpo Vanildo que insiste em pensar, em se expressar, médio. E é importante que se insista, o “pensar corpo” é necessário e fala muito. Linguagem corporal ou mímica? Não sei, e também não sei até que ponto é importante diferenciar. O que é incrível e necessário são comunicações, pontes, encontros, onde se encontrar é mais do que buscar entender. Encontrar-se todo, presente, já é entender. O entender-se apenas vem, vestido de milagre, numa ponte em que eu entendo que Sherlock Holmes agora usa binóculos e que banana = minions. Como diz um gordinho barbudo, isso tudo é “milagre”, é ser possível se comunicar, entender. Se comunicar com uma segurada forte de mão em uma conexão de choques. Se comunicar com duas pombas brancas, que eram uma só, únicas no mundo, todo dia indo ao nosso encontro. Se comunicar com uma criança que se esconde, e se aproxima, e corre, e tem medo, e ri, e chora, sente. E é criança. Brinca.

    O dia de ontem me fez lembrar hoje de uma dança, dança de uma conversa incrível. Tem grito, tem pedido de socorro, tem desculpas, tem adeus, tudo muito alto e intenso, sem nenhuma palavra dita sequer.

Nenhum comentário: