Sempre estaremos um pouco perdidos nessa vida. Exemplo disso é que a casa da Serafim não é nem um pouco perto do Órbita, não sabemos a real medida de três quarteirões de distância, e eu nunca sei pra que lado fica as ruas onde devo pegar ônibus.
No mais, vejo que eles ainda estão se acostumando com as implicâncias, filosofias e questionamentos de uma criança que brinca de ser médico (ou de um médico que na verdade é palhaço), e é evidente uma carga de olhares que dizem "o que vem agora?", "o que vem depois?", "será que eu fui bem?". É normal. O Allan é assustadoramente fofo e estranhamente encantador. Eu devo muito a ele. Eu queria ser igual a ele.
Na verdade, não sei se fui bem. Meu desejo foi tentar entregar um pouco do que eu sei (ou acho que sei) para que houvesse um pequeno ponto luminoso no meio daquele nevoeiro de ideias. Improvisar é dar um abraço no absurdo e quebrar todas as expectativas que a plateia possua, mesmo que a plateia seja eu mesmo. O Improviso casa bem com a palhaçaria, em um altar onde tudo é possível, até mesmo rir da besteira que eu mesmo fiz.
Risadas. Silêncio. Risadas. Gargalhadas. Silêncio. Silêncio. Nem sempre temos coragem de mostrar a ideia que chegou aqui, na mente. Nem sempre queremos nos expor. Temos medo, e é bom ter medo. Mas o erro ainda é um jogo, e o rir do erro é um acerto. Não é?
Eu me permiti ser um velho que promove um momento de capacitação pra quem está chegando, e me sinto feliz por isso. Eles se permitiram entrar em todos os meus jogos, se desafiando, se arriscando e se enxergando capazes de serem mais, e eu fico feliz por eles. Eu fico mais feliz ainda de poder co-existir com os Mafapocas dessa maneira e, assim, dar mais um passo no meu mundo Y.
Obrigado pela entrega de vocês. Espero que agora exista um pequeno ponto de luz. Vocês são fó fufeffo<3 div="">3>
Matheus Sebbe - Dr. Marmota
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