Não sabendo muito o que vai sair, mas precisando cuspir, eu gostaria de começar pedindo desculpas por não ter ido nos outros dias. A vida, às vezes, apronta com a gente, não necessariamente de maneira ruim, mas apronta, e toda vez que eu me programava pra aparecer, ela dizia "hoje não". Tentei trapacea-la nessa manhã, não avisando que ia (e rezando pra ter comida a mais) e consegui. Consegui e estou muito grata por isso.
Agora quero eu falar deles. Sete deles pra ser mais precisa. Tão lindos que deu vontade de abraçar. Vi cada um e todos fazerem coisas inimagináveis. Vi um mesa ser minha prancha e uma cesta de basquete fazer parte uma corrente. Vi fofura, beleza, meiguice, presença, tranquilidade, encantamento e descontração. Vi um peito incapaz e um braço tendo que se virar pra ser dois ou não ser dois ou só ser. Vi chateação, choro, surpresa, devaneio, quietude, aflição e entrega. Vi um pentagrama redondo refletindo o caos daquilo tudo, refletindo nosso caos. Não sou um exemplo a ser seguido ou a segurança em pessoa, mas tá tudo bem não saber, tá tudo bem não entender, tá tudo bem não se conectar com momento. Não deu bom? Muda. Mudanças são bem-vindas, eu sempre digo. Tá tudo bem não ter roupa, maquiagem, tamanho do nariz, nome, papel, tá tudo bem não ter nada pronto. Não estou falando de acomodação, a questão é respeitar seu tempo. Tu é incrível. Eu preciso repetir isso quantas vezes pra entrar nessa tua cabeça teimosa?
Em terceiro lugar, vou falar do nosso capacitador. Ele é tão maravilhoso. Chegou machucado e sentindo dor, mas esqueceu (ou pelo menos nos fez esquecer). Ele se divertir me alegra, ele rir me faz gargalhar, ele chorar me emociona, ele sentir me sensibiliza. Saber que eu posso falar com ele me acalma. A satisfação que eu sinto quando lembro que os meninos tiveram a oportunidade de ter contato com ele não cabe em mim. Ter o Mayko perto é um aprendizado. Ele me é saudável e espero de coração que seja pra vocês também.
Por ultimo, preciso falar de mim. Quando cheguei, não lembrava de muita coisa das minhas capacitações, mas eles ou o vento ou as sinapses me fizeram recordar. Sensação fantástica essa. Estar ali pela segunda vez e minimamente mais madura foi colorido. Não tive medo e, no decorrer do manhã, pude conhecer mais do meu palhaço. Quase olhando de fora, percebi a necessidade de ter alguém. Quase como se não fosse eu, descobri minha bengala. Quase como uma terceira pessoa, entendi porque ela é tão importante pra mim. Talvez não faça sentido pra ela, mas fazer sentido pra mim me basta (risos). Agradeço por me abrigarem, por me respeitarem e por me ajudarem. O Y é essa confusão gostosa de sentimentos mesmo. Até mais.
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